Tu fizeste meio século de existência
e eu continuo declarando o meu amor
sem medo de parecer piegas.
Os anos passam, mas o tempo não abala tua estrutura.
Tu te renovas a cada primavera
e eu te quero com a mesma intensidade
com que te desejei da primeira vez.
Não sei se os outros amantes que tens
te querem tanto quanto eu,
porém, sei que todos eles divulgam tuas virtudes,
entretanto, não sinto ciúme de ninguém,
pelo contrário, vivo feliz com meus confrades.
Logo tu serás uma senhora sexagenária,
mas prosseguirás pondo lenha no fogo
deste paixão incondicional,
e, hoje à tarde, quando te encontrar,
eu gritarei às pessoas, às árvores
e às flores dos jacarandás
que caem sobre os teus cabelos:
eu te amo, Feira do Livro de Porto Alegre!
Viver é um dom!
Há 1 mês