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segunda-feira, 30 de junho de 2014

AS CARTAS DO BARALHO

Óbvio que o nosso sistema político
está  alicerçado num sistema carreirista
aonde os postulantes a uma fatia da torta,
quando contemplados com o benefício úrnico
procuram de todas as maneiras
a manutenção no ramo até a morte.

Apesar da aparente diversidade
dos segmentos partidários existentes,
reina duas correntes ideológicas
na essência da omelete brasileira
correntes compensatórias no jogo de interesses:
a situação sonhando com o poder perpétuo
e a oposição almejando virar situação
para permanecer eternamente no poder...

Então, quando os analistas de plantão
dizem para escolhermos bem nossos candidatos
esquecem de um detalhe elementar:
que em face do carteado tupiniquim
pouco importa apostar nesta ou naquela carta,
pois o baralho em questão é viciado.

terça-feira, 24 de junho de 2014

VAMOS LIMPAR NOSSA CALÇADA, NOSSA RUA, NOSSA CIDADE...

Vivendo num país onde onde poucos fazem sua parte;
país do jeitinho, país do dando  que se recebe, país
da lei de Gerson, país de "o mundo é dos espertos"
país, onde nós, brasileiros, gostamos de empurrar a
sujeira para debaixo do tapete e se o tapete for
do outro tanto melhor; pois, fiquei arrepiado, constrangido
e emocionado quando vi a imagem da torcida japonesa
juntado o lixo, produzido por ela, no estádio, após o jogo
da Copa...
E a história se repetiu no jogo seguinte do Japão, aqui no Brasil...
Meus amigos, vocês percebem a dimensão disso?
Por que não pomos vergonha na cara e não começamos agora a limpar a nossa sujeira?

Nós, povo periférico do mundo,
viciados nas águas do ocidente
até agora temos visto com reserva,
comedimento e parcimônia
os povos de olhinhos puxados...
Entretanto, parece que chegou a hora
de olharmos de frente a cultura oriental
É tempo de assimilarmos o exemplo
civilizatório e educativo japonês.
É tempo de recolhermos a sujeira diária
que deixamos à nossa volta...
é tempo de limpar nossa casa,
é tempo de limpar nossa calçada,
é tempo de limpar nossa rua.
é tempo de limpar nossa língua...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

BEM-VINDO INVERNO

Acho que neste momento,o inverno está ancorado
na planície da Patagônia,
mas daqui a algumas horas
ele vai estar aqui, conosco,
com toda a honra e toda a pompa
que adquiriu nas convenções
e nos dissídios climatológicos
Ele virá montado no cavalo do tempo,
acompanhado pelo vento minuano,
trazendo o frio no alforge,
para governar os noventa dias
pertencentes ao seu reinado...


quarta-feira, 18 de junho de 2014

FALAM, FALAM, FALAM...

Assistir um jogo de futebol na televisão
se tornou um passatempo entediante
devido a adoção dos esquemas táticos
que privilegiam a força física
em detrimento do futebol arte,
 mas com o andar da carruagem
 o que era ruim ficou pior
quando incorporam às transmissões
narradores extremamente chatos,
porque falam pelos cotovelos,
como se estivessem transmitindo pelo rádio...
Nos anos sessenta,era gostoso assistir um jogo
transmitido pela tv em preto e branco...
a geração de imagem não era grande coisa,
mas o locutor deixava o telespectador em paz,
pois  falava somente o necessário.
Um dia surgiu um profissional diferenciado,
locutor que ditou a norma da falação.
Não demorou muito e a prática foi copiada
pela concorrência da locução esportiva
nos canais abertos e fechados.
Quando sentamos em frente à telinha
para olhar um jogo de futebol
precisamos desligar o som do aparelho
para não ouvir as bobagens ditas pelos falastrões...

segunda-feira, 16 de junho de 2014

PÉS PELAS MÃOS

Cadê as propaladas hospitalidade,
 cordialidade e civilidade brasileiras?
Aonde foram parar tais atributos?
Episódios cotidianos têm demonstrado,
que, em alguns quesitos, estamos ao sul
do processo civilizatório.
Hajam vistas as vaias e xingamentos
dirigidos à senhora presidente da república
e à direção da Fifa, por ocasião
da abertura da Copa.
Há tempo rasguei o título de eleitor
e não defendo nenhuma bandeira partidária,
porque percebo nosso sistema político
viciado e carreirista, um teorema sem solução
a curto e médio prazo,
mas abomino protestos mal-educados, irancundos,
badérnicos, extremistas, incivilizados...
Nos últimos meses antecedentes à Copa
surgiu muita gente  baixando o cacete no evento,
entretanto quando a parasita sediada na Suiça  anunciou
a realização do torneio no Brasil, houve festa popular
e o status quo daquele momento era o mesmo de agora,
ou seja, a mesma curriola partidário-política à testa do governo...
Protestos são componentes saudáveis à democracia
quando exercidos dentro dos limites civilizados,
mas pelo visto ainda necessitamos, antes de tudo,
avançar muito moralmente.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A NOSSA MARCA

Era uma vez
uma estanha peleja
disputada com cabeças humanas...

Passaram séculos
quando os ingleses
normatizaram o Footbaal...

A bola de couro
disputada a pontapés
conduziu o esporte bretão
pelo mundo;
um esporte violento
assistido por plateias sisudas...

Era uma vez
um povo moreno
no sul da América,
que incorporou a
a dança e a ginga
ao esporte europeu...

Era uma vez
Pelé, Mané, Didi;
era o bailado do corpo,
era adeus às carrancas,
era o sorriso na platéia...

Era uma vez
Pelé, Vavá,  Gerson, Tostão;
era Pelé, Jairzinho, Zico, Falcão;
era Pelé, Rivelino, Sócrates, Romário;
era Pelé, Capita, Bebeto e Ronaldo...´
São tantos, tantos brazucas boleiros...
talvez nem melhores nem piores
(Exceto  a majestade: Pelé)
que os craques consagrados
de outros países,
mas são diferentes,
porque trazem a alegria nos pés





segunda-feira, 9 de junho de 2014

AS CRIANÇAS, AH, AS CRIANÇAS...

Muitas vezes,
as crianças nos despertam
dos nossos pensamentos miúdos
e somos compelidos a refletir
sobre possibilidades mais amplas
que a comodidade das aparências...

Outro dia eu falava:
pena que hoje não tem sol
por causa dessa chuva que cai
e vai continuar caíndo,
sabe-se lá por quantos dias...

Um menino de dez anos,
que ouvia meu desabafo
cutucou-me desse jeito:
tio, hoje não tu vês a claridade do sol
por causa da nebulosidade,
mas ele  brilha sem parar
por cima das nuvens da chuva...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O TEMPO

Minha relação com o tempo
tem-se se alternado no percurso
desta minha quase longa
caminhada nesta existência.

Lembro-me de que lá atrás,
na época do faz-de-conta,
pensava que o meu tempo
era de magnitude infinita

Entretanto, de repente, o espanto:
pessoas à minha volta morriam.
Então, nada era para sempre,
havia uma espada aparando o tempo.

Bem mais tarde conclui,
que o tempo era uma metáfora;
um artifício criado pelo homem
para medir nosso deslocamento no espaço.

Hoje já não sei se o tempo
é manipulação, fantasia,ficção
ou uma curva retilínea se deslocando
entre a imaginação e o porvir...


segunda-feira, 2 de junho de 2014

O TURISTA

Já vi gente
portando desenhos
de Jimi Hendrix,
Marilyn Monroe,
Raul Seixas,
Jesus Cristo,
Buda,
Krischna,
Alex Crowley,
Rasputin;
famosos, santos, folclóricos...
Também vi desenhos
de Dragões,
Jaguares,
Pumas,
Cobras,
Cactos;
motivos ecológicos...
Mas a figura que vi ontem
com um turista que chegou
aqui para ver a Copa
chamou-me a atenção.
Ainda não havia visto ninguém
 conduzindo uma árvore.
Era uma frondosa árvore
contendo no centro
um ninho de palha
de onde levantava voo
uma pombinha branca...
O rapaz fazia força para disfarçar
o frio que sentia
em virtude do clima da tarde
mas necessitava estar seminu
para mostrar a árvore
tatuada às costas...