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quarta-feira, 29 de junho de 2016

POR ANDA VOCÊ

O poeta disse que
havia uma pedra
no meio do caminho,
mas prosseguimos
de mãos dadas
e cantemos
o tempo presente,
mas a festa acabou
e o riso não veio
e agora Josè?
Mas o poeta
contornou as pedras
aparou as arestas
e quando escureceu
acendeu uma vela
e quando fecharam a rua
foi pelo atalho...
Mas a lide é dura,
existência é curta,
e o tempo não pára
e o poeta fez-se de morto...
Mas você não morre,
você é duro,
se perpetua na nossa memória
Você ausente/presente
ri dos nossos versos
zomba dos nossos medos...
Ah, poeta, tu disseste
o mundo é grande,
o mar é grande,
 o amor é grande...
e se teu nome fosse Raimundo...
Não foi necessário,
 tu tinhas a solução,
 a rima, tanta coisa
tu eras completo,
enfim, um poeta
grande, grande, grande...
Mas a pedra está
no meio do caminho.
Ela é renitente,
ela é surda,
ela é doida,
ela rouba,
ela mente,
ela corrompe...
E agora, Drummond?




es

9 comentários:

  1. Soneto-acróstico
    CDA

    Calem-se os poetas, aedos e vates
    Aqui se fazem presentes Alterosas
    Rimas, ideias, versos, bom combate
    Lá de Itabirito em verso e até prosa.

    Ontem havia uma pedra no caminho
    Somente um simples e vulgar calhau
    Drummond não faz verso comezinho
    Reluz em ouro seu versejar especial.

    Um dia chamou-lhe o destino porém
    Morreu e foi para onde os poetas vão
    Mais não disse ao mundo, a ninguém.

    Outra vida seria sem sua contribuição
    Nos anais do lirismo agora está sem
    Drummond, vate que vale um milhão.

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  2. k é mesmo é agora?
    Muitas pedras no caminho.
    Boa continuação de semana.

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  3. k é mesmo é agora?
    Muitas pedras no caminho.
    Boa continuação de semana.

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  4. kkk gostei ficou ótimo mesmo
    com as pedras que tem pelo caminho
    o que sempre dizemos e agora Jose ou Raimundo
    Adorei vc é genial

    Abraços com carinho!

    └──●► *Rita!!

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  5. Bom dia amigo Dilmar, muito boa colocação em seus versos, e sempre diremos como o poeta"...e agora José?..." mas sabemos que de nada adianta, sempre entrarão em nossos jardins,"...zombarão dos nossos medos..." e "não faremos nada"!!!
    Amei ler aqui, deixo abraços apertados!

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  6. E agora Dilmar? E agora?

    Muito bom esse seu texto. Muito bom mesmo!
    abraço

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  7. Muito boa essa mescla, essa 'dobradinha' com Drummond! Criativa, dentro de tantas verdades interrogadas, duvidosas... E agora? Onde colocar todas as pedras do nossos caminhos, e principalmente aquelas coloridas de verde e amarelo? Onde colocá-las para que sucumbam para sempre?
    Grande abraço, amigo Dilmar.

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  8. A vida chega em
    silêncio:
    desenovela
    reflexos,
    interroga a
    esfinge
    que responde ou
    nega...


    abç

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  9. Olá, Dilmar Gomes, bom da !
    Nem as "pedras no caminho", mostradas pelo
    Grande Poeta, Drummond, conseguiram impedir a
    tua jornada poética. Parabéns, Amigo, um
    fraterno abraço e feliz final de semana !
    Sinval.

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