Sabemos que os salários
dos trabalhadores no Brasil
não são os melhores do mundo
aliás, muito antes pelo contrário.
Queremos a paga
justa e necessária
a cada categoria
de tal modo que a balança não penda,
sobremaneira, para nenhum lado.
Difícil saber
se o patrão pode pagar o justo
porque o trabalhador conhece
de quanto necessita.
Os críticos econômicos afirmam
que o salário da massa trabalhadora
está atrelado às leis de mercado
da economia globalizada,
e, que no fundo, depende do binomio
oferta e procura.
Houve um tempo
em que os candidatos à presidência da república
prometiam nas campanhas eleitoreiras
uma majoração substancial
no piso do salario mínimo,
entretanto, depois de eleitos
esqueciam das promessas.
Os deputados, senadores e vereadores
já não debatem mais sobre essa tema,
hoje, legislam em causa própria,
senão vejamos o presente de natal
que os deputados federais se deram
na sessão mais tranquila da câmara:
a aprovação inconteste de 66 por cento
sobre próprios salários.
Os deputados estaduais gauchos
para não ficarem fora de moda
numa sessão de poucos minutos
aprovaram 70 por cento
no salário da bancada..
Depois desses canetaços
não é de se duvidar
que os distintos vereadores
das nossas cidades
venham a retirar das suas cartolas
cem por cento de aumento
em prol da classe.
Eta politicazinha...
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Era dia de Natal
de céu azul,
brisa suave
e o espírito fraterno
se esparramando no ar.
Até o trânsito
tão caótico
nos outros dias,
deslizava calmo
pela cidade tranquila.
O ônibus linha Xis 3
fazia seu intinerário
de maneira diversa
da rotina habitual,
pois motorista e cobrador
vestidos de papai Noel
distribuiam balas aos usuários.
De repente, entrou no coletivo,
um passageiro embriagado
cantando com a língua enrolada:
É Natal, Cristo ilumine os homens!
No inicio, o canto do bêbado
foi recebido com aplausos;
todos acharam engraçado,
mas à medida que o alcólatra
repetia o refrão,
a assistência foi se chateando...
O veículo foi andando,
os passageiros irritados,
xingam:
gambá, desce, cai fora!
Mas o homem insistia,
É Natal, Cristo ilumine os homens!
O ônibus seguia seu percurso
e o bêbado prosseguia com a mesma cantilena:
É Natal...
Então, o cobrador enervou-se
e jogou o etílico na calçada.
Todos passageiros gritaram
Motorista, não pára essa droga,
deixa o homem curtir o porre..
E o bêbado esbodegado,
com o corpo retorcido no chão,
gemia e tentava cantar:
Ai... é Natal, ai, ai... Cristo...
de céu azul,
brisa suave
e o espírito fraterno
se esparramando no ar.
Até o trânsito
tão caótico
nos outros dias,
deslizava calmo
pela cidade tranquila.
O ônibus linha Xis 3
fazia seu intinerário
de maneira diversa
da rotina habitual,
pois motorista e cobrador
vestidos de papai Noel
distribuiam balas aos usuários.
De repente, entrou no coletivo,
um passageiro embriagado
cantando com a língua enrolada:
É Natal, Cristo ilumine os homens!
No inicio, o canto do bêbado
foi recebido com aplausos;
todos acharam engraçado,
mas à medida que o alcólatra
repetia o refrão,
a assistência foi se chateando...
O veículo foi andando,
os passageiros irritados,
xingam:
gambá, desce, cai fora!
Mas o homem insistia,
É Natal, Cristo ilumine os homens!
O ônibus seguia seu percurso
e o bêbado prosseguia com a mesma cantilena:
É Natal...
Então, o cobrador enervou-se
e jogou o etílico na calçada.
Todos passageiros gritaram
Motorista, não pára essa droga,
deixa o homem curtir o porre..
E o bêbado esbodegado,
com o corpo retorcido no chão,
gemia e tentava cantar:
Ai... é Natal, ai, ai... Cristo...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
NATAL
Li em algum lugar:
o evento do Natal
mexe com tanta coisa
e por consequência,
algumas pessoas se trasnformam,
outras permanecem tal como são.
Não sou Psicólogo
ou estudioso da Psique
nem moralista.
Sou apenas um curioso
que teve conhecimento
da postura de três indivíduos
num determinado Natal.
Aqueles homens nasceram
na mesma rua,
estudaram nos mesmos colégios
e trabalhavam na mesma empresa.
Eles tinham codinomes
que indentifica, em tese,
o jeito de ser de cada um.
O mais falante, o "Feliz"
preparou uma bela ceia
com muita comida
e muita bebida
e convidou muita gente.
A festa foi brilhante.
Quando o Senhor Tempo lhe perguntou,
porque fizera aquilo,
ele respondeu: Senhor, é Natal!
O mais contido, o "Excêntrico"
vestiu-se de branco,
leu toda a Bíblia,
jejuou a semana inteira
e na noite de Natal, se isolou
numa gruta.
Quando o Senhor do Tempo
lhe perguntou porque fizera aquilo,
ele disse:Senhor, é o nascimento de Jesus!
O terceiro, o "Distraido"
separou parte do salario
de cada mês do ano
e mais a metade
do décimo terceiro,
e comprou alimentos
e algumas roupas,
e na noite de 24 de dezembro,
saiu a distribuir
com os carentes,
que habitavam sob pontes e viadutos.
Então veio o Senhor do Tempo e lhe perguntou:
filho porque não ficaste comemorando o Natal
com os teus amigos?
O homem respondeu, Senhor, sinto que o Natal está no meu coração!
o evento do Natal
mexe com tanta coisa
e por consequência,
algumas pessoas se trasnformam,
outras permanecem tal como são.
Não sou Psicólogo
ou estudioso da Psique
nem moralista.
Sou apenas um curioso
que teve conhecimento
da postura de três indivíduos
num determinado Natal.
Aqueles homens nasceram
na mesma rua,
estudaram nos mesmos colégios
e trabalhavam na mesma empresa.
Eles tinham codinomes
que indentifica, em tese,
o jeito de ser de cada um.
O mais falante, o "Feliz"
preparou uma bela ceia
com muita comida
e muita bebida
e convidou muita gente.
A festa foi brilhante.
Quando o Senhor Tempo lhe perguntou,
porque fizera aquilo,
ele respondeu: Senhor, é Natal!
O mais contido, o "Excêntrico"
vestiu-se de branco,
leu toda a Bíblia,
jejuou a semana inteira
e na noite de Natal, se isolou
numa gruta.
Quando o Senhor do Tempo
lhe perguntou porque fizera aquilo,
ele disse:Senhor, é o nascimento de Jesus!
O terceiro, o "Distraido"
separou parte do salario
de cada mês do ano
e mais a metade
do décimo terceiro,
e comprou alimentos
e algumas roupas,
e na noite de 24 de dezembro,
saiu a distribuir
com os carentes,
que habitavam sob pontes e viadutos.
Então veio o Senhor do Tempo e lhe perguntou:
filho porque não ficaste comemorando o Natal
com os teus amigos?
O homem respondeu, Senhor, sinto que o Natal está no meu coração!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
PSICODÉLICO
Outro dia, lembrei-me daquele cara
embrigando-se nas águas
de Joplin, Hendrix, Morrison...
sonhando e bebendo
Baudelaire, Hesse e Pessoa,
colhendo pelo caminho
os cogumelos de Castaneda...
Ainda me lembro que ele recitava
o verso de um cantor de época:
"Não vim aqui para ser feliz"
então, explicava-me:
nascera para "curtir todas"
estar na "crista da onda"
Dizia-me que viver
não significava, apenas, estar presente
no intervalo delimitado
entre o nascimento e a morte.
Hoje fiquei sabendo
que há muitos anos, ele partiu.
Lamentei num primeiro instante
a brevidade daquela existência.
Depois absorvi o choque
e fiquei pensando no paradigma filosófico
que o meu amigo adotara
o que me levou a questionar
o meu modo de vida
tão comedido, regrado, insosso
e até pensei na "Carolina" do Chico Buarque
e a angústia falou ao meu coração:
"A vida passa lá fora".
embrigando-se nas águas
de Joplin, Hendrix, Morrison...
sonhando e bebendo
Baudelaire, Hesse e Pessoa,
colhendo pelo caminho
os cogumelos de Castaneda...
Ainda me lembro que ele recitava
o verso de um cantor de época:
"Não vim aqui para ser feliz"
então, explicava-me:
nascera para "curtir todas"
estar na "crista da onda"
Dizia-me que viver
não significava, apenas, estar presente
no intervalo delimitado
entre o nascimento e a morte.
Hoje fiquei sabendo
que há muitos anos, ele partiu.
Lamentei num primeiro instante
a brevidade daquela existência.
Depois absorvi o choque
e fiquei pensando no paradigma filosófico
que o meu amigo adotara
o que me levou a questionar
o meu modo de vida
tão comedido, regrado, insosso
e até pensei na "Carolina" do Chico Buarque
e a angústia falou ao meu coração:
"A vida passa lá fora".
sábado, 11 de dezembro de 2010
O TIRO NO PÉ
Nosso Imperador
acordou assustado,
sob um pesadelo,
dentro da noite.
Ele ficou se perguntando
em meio à angústia:
Senhora Providência,
por que isso agora?
Fosse no tempo das turbulências,
va lá!
Naquela época da boataria,
quando a imprensa mirava,
com artilharia pesada,
minha cabeça de para-raios,
eu passei incólume;
mas hoje quando já antegozava
a tranquilidade proveniente
do dever cumprindo;
no momento em que sou
unanimidade nacional,
às vésperas de passar o bastão
à minha herdeira,
os urubus descem sobre o meu sono.
Meu Deus,
por que eu sancionei
aquele projeto da saúde
prejudicial à minha pele
e à epiderme dos meus comparsas?
Meu pai de santo,
onde é que eu estava com a cabeça
quando engoli aquela História da Carochinha:
Lei 999999 - "Politicos ou ex, de cargos executivos, ficam obrigados
a usar somente o Sistema Unico de Saude, ficando vedado à casta
qualquer outra modalidade de tratamento".
Meu Anjo da Guarda,
como vou me virar,
no caso de doença
tendo que usar
aquela porcaria de Sus?
Por que, eu, tolo velho,
aprovei aquela draga?
Os velhacos do Congresso
me ingrupiram,
bolaram esse projento
pensando que eu não o aprovaria,
então, eu como bode expiatório
perderia o respaldo do povo,
conquistado nesses anos todos,
no entanto, eu não embarquei na canoa furada,
mas dei um tiro no meu próprio pé!
Depois de tantas conjecturas,
o homem tentou dormir novamente,
mas não conseguiu.
Então, chamou a vassalagem e ordenou:
"Suas antas, juntem tudo que puderem
e preparem as minhas malas,
porque eu vou acabar com esta palhaçada agora mesmo:
vou picar a mula!
acordou assustado,
sob um pesadelo,
dentro da noite.
Ele ficou se perguntando
em meio à angústia:
Senhora Providência,
por que isso agora?
Fosse no tempo das turbulências,
va lá!
Naquela época da boataria,
quando a imprensa mirava,
com artilharia pesada,
minha cabeça de para-raios,
eu passei incólume;
mas hoje quando já antegozava
a tranquilidade proveniente
do dever cumprindo;
no momento em que sou
unanimidade nacional,
às vésperas de passar o bastão
à minha herdeira,
os urubus descem sobre o meu sono.
Meu Deus,
por que eu sancionei
aquele projeto da saúde
prejudicial à minha pele
e à epiderme dos meus comparsas?
Meu pai de santo,
onde é que eu estava com a cabeça
quando engoli aquela História da Carochinha:
Lei 999999 - "Politicos ou ex, de cargos executivos, ficam obrigados
a usar somente o Sistema Unico de Saude, ficando vedado à casta
qualquer outra modalidade de tratamento".
Meu Anjo da Guarda,
como vou me virar,
no caso de doença
tendo que usar
aquela porcaria de Sus?
Por que, eu, tolo velho,
aprovei aquela draga?
Os velhacos do Congresso
me ingrupiram,
bolaram esse projento
pensando que eu não o aprovaria,
então, eu como bode expiatório
perderia o respaldo do povo,
conquistado nesses anos todos,
no entanto, eu não embarquei na canoa furada,
mas dei um tiro no meu próprio pé!
Depois de tantas conjecturas,
o homem tentou dormir novamente,
mas não conseguiu.
Então, chamou a vassalagem e ordenou:
"Suas antas, juntem tudo que puderem
e preparem as minhas malas,
porque eu vou acabar com esta palhaçada agora mesmo:
vou picar a mula!
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A FLOR
Eu amo as flores
por sua pureza e verdade
e pelo encantamento natural
que provoca no espírito humano.
Já tive predileções
por esta ou aquela cor,
por este ou aquele aroma,
mas sempre apreciei a graça
característica de toda espécie.
Mas um dia, eu encontrei
a rainha das flores,
aquela que chamo musa;
flor de brilho especial,
que sintetiza a essência
de todas as flores.
por sua pureza e verdade
e pelo encantamento natural
que provoca no espírito humano.
Já tive predileções
por esta ou aquela cor,
por este ou aquele aroma,
mas sempre apreciei a graça
característica de toda espécie.
Mas um dia, eu encontrei
a rainha das flores,
aquela que chamo musa;
flor de brilho especial,
que sintetiza a essência
de todas as flores.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O PAÍS DOS HOMENS TRANQUILOS
A vocês, meus amigos
que falaram tantas vezes:
não suportamos mais a vida deste país,
queremos ir embora para um lugar melhor,
eu pergunto, o que fizeram ou o que podem fazer
a fim de melhorar a conjuntura geral.
Pois é, eu sei, já tentararm isso
e ficaram com a mesma sensação
de um jogador de bilhar, à mesa de jogo,
diante de uma sinuca de bico.
A notícia de que existe
um mundo ideal,
trás-nos o conforto equivalente
à duração de um relâmpago,
porque ainda não temos acesso
a esse paraíso, além das utopias:
o país dos homens tranquilos.
No país dos homens tranquilos
nãos existem tribunais
nem prisões
nem policiais
e a lei, é uma mera formalidade,
pois praticamente inexistem
demandas.
No país dos homens tranquilos,
as palavras governo, poder e autoridade
ficaram esquecidas no léxico.
No país dos homens tranquilos
não existe vaidade, inveja, cobiça
e a consciência é o parâmetro
das relações interpessoais.
Agora, já ouço vossas vozes:
iremos para o país dos homens tranquilos,
porém, preciso lhes falar de um detalhe,
e diz o adágio: Deus mora nos detalhes;
ainda não estamos aptos à conexão
com o país dos homens tranquilos;
pois não basta apenas sair do país dos homens renegados,
teremos de passar primeiro pelo país dos homens exaltados,
cruzar pelo país dos homens eufóricos,
atravessar o deserto do país dos homens afoitos
para, finalmente, desembarcar no país dos homens tranquilos...
que falaram tantas vezes:
não suportamos mais a vida deste país,
queremos ir embora para um lugar melhor,
eu pergunto, o que fizeram ou o que podem fazer
a fim de melhorar a conjuntura geral.
Pois é, eu sei, já tentararm isso
e ficaram com a mesma sensação
de um jogador de bilhar, à mesa de jogo,
diante de uma sinuca de bico.
A notícia de que existe
um mundo ideal,
trás-nos o conforto equivalente
à duração de um relâmpago,
porque ainda não temos acesso
a esse paraíso, além das utopias:
o país dos homens tranquilos.
No país dos homens tranquilos
nãos existem tribunais
nem prisões
nem policiais
e a lei, é uma mera formalidade,
pois praticamente inexistem
demandas.
No país dos homens tranquilos,
as palavras governo, poder e autoridade
ficaram esquecidas no léxico.
No país dos homens tranquilos
não existe vaidade, inveja, cobiça
e a consciência é o parâmetro
das relações interpessoais.
Agora, já ouço vossas vozes:
iremos para o país dos homens tranquilos,
porém, preciso lhes falar de um detalhe,
e diz o adágio: Deus mora nos detalhes;
ainda não estamos aptos à conexão
com o país dos homens tranquilos;
pois não basta apenas sair do país dos homens renegados,
teremos de passar primeiro pelo país dos homens exaltados,
cruzar pelo país dos homens eufóricos,
atravessar o deserto do país dos homens afoitos
para, finalmente, desembarcar no país dos homens tranquilos...
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