Reflitam sobre os comerciais
na tv, na internet,
nos outdoors...
Imagens indutoras do nosso tempo.
Mecanismos modernos calibrados
torpedeiam o homem sem trégua...
A caça acossada procura a caverna
com pouca chance de sucesso...
O consumidor exausto embarca
no trem dos paradigmas consumistas
através da cantilena dos marketeiros
e dos parâmetros técnicos da felicidade
metrificados pelo reflexo das aparências.
O homem contemporâneo, engolido
pelo logro ocidental,
bebe a cantilena dos pregoeiros;
a equação custo-benefício,
subproduto da máquina mercantilista.
O dependente entorpecido pela droga cômoda
já não respira sob o signo das tabelas
escritas, rasgadas, reescritas pela concorrência,
catecismo manipulado da satisfação pessoal
atesta o quadro clínico da criatura:
o homem do século vinte e um.
Talvez um dia no futuro
perpasse a angústia pela consciência
do condutor do rebanho:
o medo do estouro da tropa.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
FELICIDADE
Quando perguntei a minha professora,
o que é felicidade,
ela ficou sacudindo a cabeça
de um lado para outro
por um largo tempo,
sem dizer nada,
como se meditasse
sobre uma questão
de extrema dificuldade
e depois falou
para eu dar tempo ao tempo.
Então fui ao Aurélio
e achei isso:
Felicidade; ventura, contentamento...
Tudo bem, o Aurélio havia falado!
Mesmo assim fiquei com a impressão
de que faltava alguma coisa...
Anos depois, vasculhando no cancioneiro popular,
encontrei no autor da "dor de cotovelo":
Felicidade foi-se embora
e é por isso que eu gosto lá de fora...
Eu não queria saber se a felicidade tinha ido ou ficado,
eu procura uma definição satisfatória.
Na minha juventude,
vi à exaustão,
aquele comercial,
que virou cult:
"A felicidade é uma calça azul e desbotada"
Por outro lado,
as religiões tradicionais, do Ocidente, afirmam,
a felicidade não é deste mundo
mas a conheceremos no paraiso,
aliás; dizem, é um corolário do arrependimento
e não importa o que o indivíduo
haja praticado aqui na terra;
mesmo o pecado hediondo
cometido pelo homem pervertido
será perdoado.
Para isso basta arrepender-se,
ainda que no último instante
antes de apagar a vela...
fácil, né...
Minha gente, digam alguma coisa...
o que é felicidade,
ela ficou sacudindo a cabeça
de um lado para outro
por um largo tempo,
sem dizer nada,
como se meditasse
sobre uma questão
de extrema dificuldade
e depois falou
para eu dar tempo ao tempo.
Então fui ao Aurélio
e achei isso:
Felicidade; ventura, contentamento...
Tudo bem, o Aurélio havia falado!
Mesmo assim fiquei com a impressão
de que faltava alguma coisa...
Anos depois, vasculhando no cancioneiro popular,
encontrei no autor da "dor de cotovelo":
Felicidade foi-se embora
e é por isso que eu gosto lá de fora...
Eu não queria saber se a felicidade tinha ido ou ficado,
eu procura uma definição satisfatória.
Na minha juventude,
vi à exaustão,
aquele comercial,
que virou cult:
"A felicidade é uma calça azul e desbotada"
Por outro lado,
as religiões tradicionais, do Ocidente, afirmam,
a felicidade não é deste mundo
mas a conheceremos no paraiso,
aliás; dizem, é um corolário do arrependimento
e não importa o que o indivíduo
haja praticado aqui na terra;
mesmo o pecado hediondo
cometido pelo homem pervertido
será perdoado.
Para isso basta arrepender-se,
ainda que no último instante
antes de apagar a vela...
fácil, né...
Minha gente, digam alguma coisa...
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
DÍALOGO COM A MINHA CONSCIÊNCIA
Perguntei à minha consciência
quem é o meu irmão?
- Teu semelhante, ela respondeu
- O outro, como no conto do poeta Jorge Luis Borges?
- Pode ser!
- Tu não tens certeza?
- Ora, apesar de muitas vezes, ficção e realidade se justaporem,
há que se extrair daquela apenas o signo, o esteriótipo, o arquétipo...
- Eu nem sei porque estou fazendo perguntas, das quais já conheço a resposta,
entretanto, fico com a estranha e inexplicável sensação de remorso, por que será?
- O teu remorso provém da inútil tentativa de tentar me enganar, pois sabes que
sempre descubro as coisas que tu procuras esconder...
- A minha vida é um livro aberto!
- Entreaberto.
- Mas os meus pensamentos e ações são claros como a luz do dia!
- Procuras vender essa idéia
- Aondes queres chegar?
- Vou te fazer a tua pergunta, quem é o teu irmão?
- São as pessoas que estão no meu meio social, gente com afinidade
de pensamento.
- Sofista!
- Eu?
- Tu. Tu não queres compreender que todo e qualquer homem é teu irmão
e não importa que esse homem viva em outro país, tenha outra coloração
de pele; que habite numa mansão, numa choupana ou de baixo da ponte; que seja diplomata, operário, encarcerado, mendigo...
-
quem é o meu irmão?
- Teu semelhante, ela respondeu
- O outro, como no conto do poeta Jorge Luis Borges?
- Pode ser!
- Tu não tens certeza?
- Ora, apesar de muitas vezes, ficção e realidade se justaporem,
há que se extrair daquela apenas o signo, o esteriótipo, o arquétipo...
- Eu nem sei porque estou fazendo perguntas, das quais já conheço a resposta,
entretanto, fico com a estranha e inexplicável sensação de remorso, por que será?
- O teu remorso provém da inútil tentativa de tentar me enganar, pois sabes que
sempre descubro as coisas que tu procuras esconder...
- A minha vida é um livro aberto!
- Entreaberto.
- Mas os meus pensamentos e ações são claros como a luz do dia!
- Procuras vender essa idéia
- Aondes queres chegar?
- Vou te fazer a tua pergunta, quem é o teu irmão?
- São as pessoas que estão no meu meio social, gente com afinidade
de pensamento.
- Sofista!
- Eu?
- Tu. Tu não queres compreender que todo e qualquer homem é teu irmão
e não importa que esse homem viva em outro país, tenha outra coloração
de pele; que habite numa mansão, numa choupana ou de baixo da ponte; que seja diplomata, operário, encarcerado, mendigo...
-
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
ANIVERSARIO DO MEU FILHO QUE MORA NO CÉU
Rodrigo, hoje,
com a alma partida
pela saudade eterna,
comemoramos o teu aniversário.
Relembro outra vez
aquela tarde de sábado
de 18 de janeiro de 1986
quando eu aguardava nervoso
no corredor do Hospital Fêmina
e eis que o sistema de som anunciou
às 15 horas e 18 minutos:
familiares de Sheila Moreira,
Rodrigo nasceu.
Era a emoção de pai,
sentimento que nenhuma palavra
é capaz de descrevê-la.
Rodrigo, tu fostes a luz
que iluminou nossas vidas,
diamante raro,
que nos deu tanta alegria.
Nunca pudemos suspeitar
que a tua passagem neste plano
seria breve.
Relembro todo dia
das nossas conversas
sobre os temas mais elevados,
sobretudo, quando tu dizias;
pai, a vida não acaba aqui,
existe uma sucessão de vidas
porque o espírito é imortal
Até parece que o teu espírito
nos preparava
para a tua partida.
Filho, inspirado na tua conduta de vida
tenho me esforçado para melhorar como ser humano
até acho que já avancei alguns pontos;
tenho procurado ser mais tolerante,
menos esgoista, mais resignado,
menos orgulhoso, mais humilde...
Meu filho, sei que agora tu cumpres
tua missão no mundo espiritual
no entanto, muitas vezes parece
que sinto tua presença
junto da gente, aqui em casa.
com a alma partida
pela saudade eterna,
comemoramos o teu aniversário.
Relembro outra vez
aquela tarde de sábado
de 18 de janeiro de 1986
quando eu aguardava nervoso
no corredor do Hospital Fêmina
e eis que o sistema de som anunciou
às 15 horas e 18 minutos:
familiares de Sheila Moreira,
Rodrigo nasceu.
Era a emoção de pai,
sentimento que nenhuma palavra
é capaz de descrevê-la.
Rodrigo, tu fostes a luz
que iluminou nossas vidas,
diamante raro,
que nos deu tanta alegria.
Nunca pudemos suspeitar
que a tua passagem neste plano
seria breve.
Relembro todo dia
das nossas conversas
sobre os temas mais elevados,
sobretudo, quando tu dizias;
pai, a vida não acaba aqui,
existe uma sucessão de vidas
porque o espírito é imortal
Até parece que o teu espírito
nos preparava
para a tua partida.
Filho, inspirado na tua conduta de vida
tenho me esforçado para melhorar como ser humano
até acho que já avancei alguns pontos;
tenho procurado ser mais tolerante,
menos esgoista, mais resignado,
menos orgulhoso, mais humilde...
Meu filho, sei que agora tu cumpres
tua missão no mundo espiritual
no entanto, muitas vezes parece
que sinto tua presença
junto da gente, aqui em casa.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
O PONTO G
Minhas queridas amigas, peço perdão a vocês todas, pela
minha licença poética. Com este poema, não tive o intuito de gracejar
com as mulheres, esses seres maravilhosos, responsáveis
pela perpetuação da espécie e pela evolução do planeta.
O Ponto G
Nada é extático,
o mundo é movimento
e tudo muda
inclusive o ponto do prazer.
Na corrida do sexo
desde a submissão feminina
imposta pela igreja
até a queima dos sutiãs
muitas águas rolaram...
De repente, os tempos novos...
A mulher subiu ao pódio
e, vitoriosa, encontrou o ponto G.
No entanto, o evento
"deu pano pra manga"
e controvérsias no meio científico.
Alguns sexólogos falaram:
o ponto é aqui...
Outros disseram:
o ponto é ali...
Mas a mulher,
esse ser dinâmico
e extraordinário,
não ligou
para o bate-boca acadêmico.
Elas até brincaram com nós, mandriões:
localizamos o ponto G
no templo do prazer,
usando o cartão de crédito
nos Shoppings Centers.
minha licença poética. Com este poema, não tive o intuito de gracejar
com as mulheres, esses seres maravilhosos, responsáveis
pela perpetuação da espécie e pela evolução do planeta.
O Ponto G
Nada é extático,
o mundo é movimento
e tudo muda
inclusive o ponto do prazer.
Na corrida do sexo
desde a submissão feminina
imposta pela igreja
até a queima dos sutiãs
muitas águas rolaram...
De repente, os tempos novos...
A mulher subiu ao pódio
e, vitoriosa, encontrou o ponto G.
No entanto, o evento
"deu pano pra manga"
e controvérsias no meio científico.
Alguns sexólogos falaram:
o ponto é aqui...
Outros disseram:
o ponto é ali...
Mas a mulher,
esse ser dinâmico
e extraordinário,
não ligou
para o bate-boca acadêmico.
Elas até brincaram com nós, mandriões:
localizamos o ponto G
no templo do prazer,
usando o cartão de crédito
nos Shoppings Centers.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
TIA ANA
Tia Ana
era mocinha
à época da Cinédia
e da Vera Cruz,
quando Oscarito,
Grande Otelo
e Anselmo Duarte
eram os ídolos do povo.
Mas minha tia era apaixonada
- apaixonada mesmo -
pelas novelas do rádio.
Anos depois, minha tia
suspirando saudosa pelas novelas do rádio,
ouvia das filhas:
Mãe, chora, não!
Agora tem telenovela
e tem Claudio Marzo, Sergio Cardoso, Tarciso Meira...
Depois que as filhas casaram,
Tia Ana ouvia das netas:
Vó, tu é uma veia boba
que não gosta de nada
e fica perdendo as novelas,
até entendemos que tu não gostasse
da tv da tua época,
aquela porcaria valvulada,
mas agora a telinha é um barato!
Então, Tia Ana, calmamente dissertava:
a tv, tecnicamente está mil por cento,
entretanto, a qualidade da programação caiu muito
é tanta propaganda, tanto apelo comercial,
tudo se transformou num grande bric...
Na década de setenta
Tia Ana entrou na comunidade
"Nostalgia das radionovelas"
e as integrantes do grupo
se comunicavam por correspondência.
Por mais de trinta anos, Tia Ana
escreveu milhares de cartas
e recebeu outras tantas...
Mas à medida que o tempo ia passando
o grupo foi diminuindo;
muitos senhoras morreram,
outras caducaram...
No último ano havia apenas três integrantes lúcidas:
Tia Ana, Dona Neusa e Dona Laura.
Mas no mês passado, Tia Ana perdeu o juízo
porque Neusa e Laura desistiram das cartas
e aderiram ao Orkut.
era mocinha
à época da Cinédia
e da Vera Cruz,
quando Oscarito,
Grande Otelo
e Anselmo Duarte
eram os ídolos do povo.
Mas minha tia era apaixonada
- apaixonada mesmo -
pelas novelas do rádio.
Anos depois, minha tia
suspirando saudosa pelas novelas do rádio,
ouvia das filhas:
Mãe, chora, não!
Agora tem telenovela
e tem Claudio Marzo, Sergio Cardoso, Tarciso Meira...
Depois que as filhas casaram,
Tia Ana ouvia das netas:
Vó, tu é uma veia boba
que não gosta de nada
e fica perdendo as novelas,
até entendemos que tu não gostasse
da tv da tua época,
aquela porcaria valvulada,
mas agora a telinha é um barato!
Então, Tia Ana, calmamente dissertava:
a tv, tecnicamente está mil por cento,
entretanto, a qualidade da programação caiu muito
é tanta propaganda, tanto apelo comercial,
tudo se transformou num grande bric...
Na década de setenta
Tia Ana entrou na comunidade
"Nostalgia das radionovelas"
e as integrantes do grupo
se comunicavam por correspondência.
Por mais de trinta anos, Tia Ana
escreveu milhares de cartas
e recebeu outras tantas...
Mas à medida que o tempo ia passando
o grupo foi diminuindo;
muitos senhoras morreram,
outras caducaram...
No último ano havia apenas três integrantes lúcidas:
Tia Ana, Dona Neusa e Dona Laura.
Mas no mês passado, Tia Ana perdeu o juízo
porque Neusa e Laura desistiram das cartas
e aderiram ao Orkut.
sábado, 1 de janeiro de 2011
O PRAZER DE FALAR BOBAGENS
Ano novo, vida nova
palavras da boca do povo.
Quem sabe, a gente toma ao pé da letra
e recomeça tudo de novo?
Que tal regastarmos as coisas simples,
as coisas práticas,
as coisas esquecidas,
as quais já desprezamos?
Acho que será uma boa
reinventar o sorriso,
sem economizar os lábios.
No início será dificil
como são, via de regra, os recomeços.
Agora é a hora de abandonar os velhos hábitos,
os velhos vícios,
as velhas taras;
é hora de cortar o cigarro,
de cortar a cachaça
é hora de cortar...
É tempo de respeitar o ser humano
aceitar todas as raças,
todos os credos,
todas as filosofias.
É tempo de plantar árvores,
desativar a bomba atômica,
apreciar a beleza da lua,
cultivar mais flores,
contemplar o arco-íris
e cuidar dos desamparados.
Seria bom não lembrar dos desmandos das nossas autoridades,
canalizar a sorte,
fiscalizar a corrupção reinante em Brasília,
atravessar o polo norte,
cruzar o caminho das pedras
e esquecer da nossa morte.
É hora de aprender filosofia
com os doidos que andam pelas ruas
É hora de eleger o presidente
Rei Momo Federal
É hora de nomear o jogo de bicho
"O esporte nacional"
É hora de viajar no tapete mágico,
é hora de catar conchas na areia,
é hora de olhar com carinho
aquelas pessoas que dormem sob as marquises,
é hora de entender o juizo final,
ler as entrelinhas do catecismo,
é hora de ensinar a língua portuguesa
aos comunicadores da tv.
Vamos comer do fruto proibido
(a comida está custando os olhos da cara)
Vamos crer na justiça social
(cega, surda e manipulada)
Vamos andar despidos pela cidade
(a roupa tolhe os movimentos)
É Ano Novo, minha gente...
então, vamos falar bem do governo,
vamos jogar conversa fora,
vamos sentir prazer em dizer bobagens,
vamos gozar a felicidade proveniente das coisas fúteis,
vamos fazer de conta que somos espertos,
vamos fingir que somos poetas...
palavras da boca do povo.
Quem sabe, a gente toma ao pé da letra
e recomeça tudo de novo?
Que tal regastarmos as coisas simples,
as coisas práticas,
as coisas esquecidas,
as quais já desprezamos?
Acho que será uma boa
reinventar o sorriso,
sem economizar os lábios.
No início será dificil
como são, via de regra, os recomeços.
Agora é a hora de abandonar os velhos hábitos,
os velhos vícios,
as velhas taras;
é hora de cortar o cigarro,
de cortar a cachaça
é hora de cortar...
É tempo de respeitar o ser humano
aceitar todas as raças,
todos os credos,
todas as filosofias.
É tempo de plantar árvores,
desativar a bomba atômica,
apreciar a beleza da lua,
cultivar mais flores,
contemplar o arco-íris
e cuidar dos desamparados.
Seria bom não lembrar dos desmandos das nossas autoridades,
canalizar a sorte,
fiscalizar a corrupção reinante em Brasília,
atravessar o polo norte,
cruzar o caminho das pedras
e esquecer da nossa morte.
É hora de aprender filosofia
com os doidos que andam pelas ruas
É hora de eleger o presidente
Rei Momo Federal
É hora de nomear o jogo de bicho
"O esporte nacional"
É hora de viajar no tapete mágico,
é hora de catar conchas na areia,
é hora de olhar com carinho
aquelas pessoas que dormem sob as marquises,
é hora de entender o juizo final,
ler as entrelinhas do catecismo,
é hora de ensinar a língua portuguesa
aos comunicadores da tv.
Vamos comer do fruto proibido
(a comida está custando os olhos da cara)
Vamos crer na justiça social
(cega, surda e manipulada)
Vamos andar despidos pela cidade
(a roupa tolhe os movimentos)
É Ano Novo, minha gente...
então, vamos falar bem do governo,
vamos jogar conversa fora,
vamos sentir prazer em dizer bobagens,
vamos gozar a felicidade proveniente das coisas fúteis,
vamos fazer de conta que somos espertos,
vamos fingir que somos poetas...
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