Eu às vezes fico meditando
sobre essas coisas de comunicação eletrônica
e entretenimento virtual
e na maneira como esses modelos
transformaram nossas vidas,
de tal modo que agora
não ficamos um dia desconectados.
Nós; hoje, dependentes de um clic
e de um botão mágico ao alcance da mão,
que vimos de longe,
vimos do tempo do rádio de ondas médias e curtas,
época da tv valvulada, em preto e branco.
Vimos do tempo em que surgiu o primitivo micro computador
de limitadíssimos recursos
- um privilégios das elites -
Justamente nós que crescemos
lendo jornais, revistas, livros;
assistindo as matinês dos cinemas
e interagindo com o mundo
através do velho e bom bate-papo.
Recordemos a revolução provocada pela tv
lá no comecinho dos anos setenta,
época em que o instrumento ficou pop
e colorido no ocidente.
Era o avanço da Aldeia Global,
que Mcluhan havia descrito
sobre o efeito que o rádio e as linhas telefônicas
exerceu na população dos Estados Unidos,
na primeira metade do século passado.
Entretanto, melhor ele houvesse dito
Aldeia de subúrbio ou Aldeia ianque.
Mas ao apagar das luzes do século vinte,
O mundo se transformaria, de fato,
numa pequena Aldeia Global
graças ao advento da Internet.
Hoje, uma parafernália de aparelhos
traz o mundo para dentro das nossas casas.
Em meio a uma imensa gama de informação,
buscamos freneticamente a verdade.
Já perdemos o hábito de buscar a nossa verdade,
adormecida nas profundezas do ser.
Ah, minha gente, vamos fazer um exercício?
Vamos ficar desplugados durante vinte e quatro horas?