Azul é a minha cor preferida
Azul é uma tonalidade leve
Azul é a cor que me acalma
Azul lembra a minha infância
Azul lava minha alma
Azul, minha pedra turqueza,
o céu despido de nuvens,
oh, cristalina beleza
em noite de abril sem nuvens
ou numa manhã sombreada de anil
de um mês qualquer do ano
e a estação pouco importa,
e o clima também não altera
meu gosto pela das cores das cores,
pena que ainda não inventaram
uma rosa na cor azul,
mas os sonhos, eles, sim,
podem ser azuis...
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
ANTONIO ABUJAMRA
Poetar para mim significa dizer alguma coisa;
desvencilhar-se de algo em determinado momento,
usando emoção, outras vezes razão, de repente, nem tanto,
ainda que, muitas vezes, após a grafagem na página branca
venha-me a sensação de gari varrendo o quintal da casa,
entretanto, hoje, tenho a sensação boa, de alma leve
mesmo falando de um tema triste que a morte
- sina de quem nasce, já disse o poeta -,
mas, enfim, falo (com emoção) do passamento
do Grande e peculiar ANTONIO ABUJAMRA,
Artista com A maísculo, ícone a ser lembrado
pelo talento e pelo Ser. Em meio a seara de mediocridades
este grande cara faz parte do seleto grupo de "ARTISTAS BRASILEIROS",
distante a quilometros do denominador comum.
Acho que sempre vou lembrar da irônica e intrigante pergunta
que o velho "ABU" fazia aos intrevistados em seu Programa
"Provocações", editado no Canal Cultura:
Queres riqueza ou uma boa morte?
Parece que o mestre ABU teve uma boa morte!
desvencilhar-se de algo em determinado momento,
usando emoção, outras vezes razão, de repente, nem tanto,
ainda que, muitas vezes, após a grafagem na página branca
venha-me a sensação de gari varrendo o quintal da casa,
entretanto, hoje, tenho a sensação boa, de alma leve
mesmo falando de um tema triste que a morte
- sina de quem nasce, já disse o poeta -,
mas, enfim, falo (com emoção) do passamento
do Grande e peculiar ANTONIO ABUJAMRA,
Artista com A maísculo, ícone a ser lembrado
pelo talento e pelo Ser. Em meio a seara de mediocridades
este grande cara faz parte do seleto grupo de "ARTISTAS BRASILEIROS",
distante a quilometros do denominador comum.
Acho que sempre vou lembrar da irônica e intrigante pergunta
que o velho "ABU" fazia aos intrevistados em seu Programa
"Provocações", editado no Canal Cultura:
Queres riqueza ou uma boa morte?
Parece que o mestre ABU teve uma boa morte!
domingo, 26 de abril de 2015
E O PROCESSO CIVILIZATÓRIO ?
Seria muito bom se a mentira
que nos contam há muito tempo
fosse uma afirmação verdadeira
Seria bom se de fato vivêssemos
num mundo civilizado, porque
há uma confusão, um equívoco
um engodo, um sofisma
sobre o processo civilizatório...
Se houve evolução industrial,
avanço tecnológico-científico,
produção elevada de bens de consumo
em contrapartida ainda estamos
bem aquém de procedimento aceitável
no quesito relacionamento humano,
tanto que em determinados momentos
fica-se com a impressão de que hordas de bárbaros
transpõem o conceito histórico da praxis temporal
e invadem o quintal do século vinte e um.
que nos contam há muito tempo
fosse uma afirmação verdadeira
Seria bom se de fato vivêssemos
num mundo civilizado, porque
há uma confusão, um equívoco
um engodo, um sofisma
sobre o processo civilizatório...
Se houve evolução industrial,
avanço tecnológico-científico,
produção elevada de bens de consumo
em contrapartida ainda estamos
bem aquém de procedimento aceitável
no quesito relacionamento humano,
tanto que em determinados momentos
fica-se com a impressão de que hordas de bárbaros
transpõem o conceito histórico da praxis temporal
e invadem o quintal do século vinte e um.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
O LIVRO, ESTA RELÍQUIA
Agora, pela manhã, passando pelo blog
Haicais Limeriques & Algo Mais,
do meu caro amigo poeta Jair Lopes
(menestrel, lapidador da palavra),
tive a memória refrescada pelo excelente
e inteligente post dedicado a Sua Majestade
O" Livro", amigo inseparável dos amantes
da leitura , do saber e das curiosidades impressas.
Então, veio-me à mente meus primeiros contatos
com esta fonte inesgotável de prazer e informação
armazenada na folhas impressas do templo do saber
Retrocedi à época da minha remota infância;
ao cinco ou seis anos, quando ficava sentado,
boquiaberto, ao lado de meu pai, pedindo silêncio
e lendo as alterações produzidas no rosto do Seu Antônio
à medida que ele ia virando aquelas páginas mágicas...
Estou lembrando de algumas frases
de autores e famosos sobre livros
e no intuito de repartir minha emoção,
as deixo aqui, mas não desejo abusar
da tolerância de vocês, meus amigos:
Cícero: Um casa sem livros é como um corpo sem alma.
Andrew Lang: Um casa com livros é um jardim cheio de flores.
Antonio Cabral Filho: Os livros são meus amigos, sempre abertos para mim
Castro Alves: Oh! bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia.
Bill Gates: Meus filhos terão computadores, mas antes terão livros
Haicais Limeriques & Algo Mais,
do meu caro amigo poeta Jair Lopes
(menestrel, lapidador da palavra),
tive a memória refrescada pelo excelente
e inteligente post dedicado a Sua Majestade
O" Livro", amigo inseparável dos amantes
da leitura , do saber e das curiosidades impressas.
Então, veio-me à mente meus primeiros contatos
com esta fonte inesgotável de prazer e informação
armazenada na folhas impressas do templo do saber
Retrocedi à época da minha remota infância;
ao cinco ou seis anos, quando ficava sentado,
boquiaberto, ao lado de meu pai, pedindo silêncio
e lendo as alterações produzidas no rosto do Seu Antônio
à medida que ele ia virando aquelas páginas mágicas...
Estou lembrando de algumas frases
de autores e famosos sobre livros
e no intuito de repartir minha emoção,
as deixo aqui, mas não desejo abusar
da tolerância de vocês, meus amigos:
Cícero: Um casa sem livros é como um corpo sem alma.
Andrew Lang: Um casa com livros é um jardim cheio de flores.
Antonio Cabral Filho: Os livros são meus amigos, sempre abertos para mim
Castro Alves: Oh! bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia.
Bill Gates: Meus filhos terão computadores, mas antes terão livros
terça-feira, 21 de abril de 2015
VIVER É MUITO PERIGOSO DIZIA RIOBALDO
Cresci ouvindo dos mais velhos,
que o lugar mais seguro da terra
era, com certeza, a casa da gente.
Mas um amigo meu, sujeito gaiato
vivia dizendo coisa diferente:
lugar seguro, sem sombra de dúvida
onde a paz se perpetua desde sempre
e a vida já não corre perigo
é nas tumbas dos cemintérios...
Pois é, as pessoas dizem tantas coisas!
Voltei a pensar no tema, na semana passada,
quando mais uma criança inocente
morreu dentro da casa dos pais
em consequência dos disparos efetuados
por gente que não respeita a vida (dos outros)
que o lugar mais seguro da terra
era, com certeza, a casa da gente.
Mas um amigo meu, sujeito gaiato
vivia dizendo coisa diferente:
lugar seguro, sem sombra de dúvida
onde a paz se perpetua desde sempre
e a vida já não corre perigo
é nas tumbas dos cemintérios...
Pois é, as pessoas dizem tantas coisas!
Voltei a pensar no tema, na semana passada,
quando mais uma criança inocente
morreu dentro da casa dos pais
em consequência dos disparos efetuados
por gente que não respeita a vida (dos outros)
sábado, 18 de abril de 2015
GATOS
Acho que todo mundo sabe
que gatos não se perdem
e sempre voltam pra casa...
Ainda que dono do bichano,
descontente com o animal,
decida se desfazer do mimoso,
largando a criatura a esmo
em local afastando, distante,
de repente, o bicho volta
célere, antes do homem...
Conta a lenda que um homem malvado
tentava jogar fora, de todas as formas,
o gatinho de estimação dos filhos...
Numa feita conduziu o bicho a uma floresta,
e antes de largá-lo deu varias voltas pelo matagal
na intenção de despistar o caminho de retorno.
Após a execução da tarefa, o cara liga pra casa,
e se exibe vitorioso: quero ver ele voltar,
mas do outro lado da linha, a mulher fala;
Ah,...ele voltou antes de ti!
O marido, irritado, diz: então põe o gato bocal do telefone,
pois necessito que ele me ensine o caminho de regresso,
porque estou perdido no meio do mato!
que gatos não se perdem
e sempre voltam pra casa...
Ainda que dono do bichano,
descontente com o animal,
decida se desfazer do mimoso,
largando a criatura a esmo
em local afastando, distante,
de repente, o bicho volta
célere, antes do homem...
Conta a lenda que um homem malvado
tentava jogar fora, de todas as formas,
o gatinho de estimação dos filhos...
Numa feita conduziu o bicho a uma floresta,
e antes de largá-lo deu varias voltas pelo matagal
na intenção de despistar o caminho de retorno.
Após a execução da tarefa, o cara liga pra casa,
e se exibe vitorioso: quero ver ele voltar,
mas do outro lado da linha, a mulher fala;
Ah,...ele voltou antes de ti!
O marido, irritado, diz: então põe o gato bocal do telefone,
pois necessito que ele me ensine o caminho de regresso,
porque estou perdido no meio do mato!
quarta-feira, 15 de abril de 2015
DIREITOS ESMAGANDO DIREITOS
Nos dias atuais
muita gente protesta
reivindicando direitos,
através de manifestações
ou de demandas cerceadoras
de direitos consagrados
e seculares da cidania...
Parece parodoxal ,
mas na prática é simples.
São as manifestações, procedimentos
atitudes de grupos, sindicatos, associações
sequestrando o direito de ir e vir do indivíduo...
De repente, paralisam (trancam) rodovias
durante horas, na defesa de princípios classistas,
enquanto enfermos, pessoas com consultas médicas
agendadas, ou que necessitam urgência no atendimento
acabam sendo prejudicadas à revelia...
Por mais boa-vontade que se tenha,
por mais equilibrados que sejamos,
chegaremos a conclusão mais obvia:
o egoísmo humano não tem limites
muita gente protesta
reivindicando direitos,
através de manifestações
ou de demandas cerceadoras
de direitos consagrados
e seculares da cidania...
Parece parodoxal ,
mas na prática é simples.
São as manifestações, procedimentos
atitudes de grupos, sindicatos, associações
sequestrando o direito de ir e vir do indivíduo...
De repente, paralisam (trancam) rodovias
durante horas, na defesa de princípios classistas,
enquanto enfermos, pessoas com consultas médicas
agendadas, ou que necessitam urgência no atendimento
acabam sendo prejudicadas à revelia...
Por mais boa-vontade que se tenha,
por mais equilibrados que sejamos,
chegaremos a conclusão mais obvia:
o egoísmo humano não tem limites
domingo, 12 de abril de 2015
AQUELES DOIS
Dois ilustres desconhecidos
naturais de um país periférico
degustavam um cruzeiro
pelos mares do planeta
quando no meio da viagem
nasceu aquela paquera
através de olhares e trejeitos
como acontecia antigamente
mas num belo dia o navio
naufragou no fim do mundo
e por ironia do destino
escapou com vida apenas,
em torno de uma ilha deserta,
o jovem casal enamorado
Entrelaçados, um no outro,
mentiram reciprocamente
que eram Alain Delon
e Brigitte Bardot
Não havendo ninguém à volta deles
brincaram de falar entre ambos
como se contassem experiências
a pessoas desconhecidas;
Briggite falou, sabe Alain:
conheci um carinha famoso
aqui nesta ilha, mas não lhe conta
que estou apaixonada, porque é necessário
que ele perceba a extensão do meu gostar
Na vez de Alain, saiu isso:
Brigitte, não sei te amo, mas te quero
pelas noites, pelas tardes, pelos dias...
mas ainda assim sofro uma pontinha de aborrecimento
porque no mundo ninguém sabe que estou ficando
com a monumental Briggite Bardot.
naturais de um país periférico
degustavam um cruzeiro
pelos mares do planeta
quando no meio da viagem
nasceu aquela paquera
através de olhares e trejeitos
como acontecia antigamente
mas num belo dia o navio
naufragou no fim do mundo
e por ironia do destino
escapou com vida apenas,
em torno de uma ilha deserta,
o jovem casal enamorado
Entrelaçados, um no outro,
mentiram reciprocamente
que eram Alain Delon
e Brigitte Bardot
Não havendo ninguém à volta deles
brincaram de falar entre ambos
como se contassem experiências
a pessoas desconhecidas;
Briggite falou, sabe Alain:
conheci um carinha famoso
aqui nesta ilha, mas não lhe conta
que estou apaixonada, porque é necessário
que ele perceba a extensão do meu gostar
Na vez de Alain, saiu isso:
Brigitte, não sei te amo, mas te quero
pelas noites, pelas tardes, pelos dias...
mas ainda assim sofro uma pontinha de aborrecimento
porque no mundo ninguém sabe que estou ficando
com a monumental Briggite Bardot.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
LEMBRANÇAS DO TÚNEL
Sob um ataque nostálgico
sinto na epiderme o toque
da velha calça jeans,
azul e desbotada...
Vejo-me através das frestas
da janela da lembrança
numa época anterior
à velha calça Lee
o fremir da pele
vestida de Brim Coringa,
produto da Alpargatas do Brasil...
Ainda no roteiro do túnel
revejo as meninas
de saias plissadas,
blusas de ballon
e meias americanas...
sinto na epiderme o toque
da velha calça jeans,
azul e desbotada...
Vejo-me através das frestas
da janela da lembrança
numa época anterior
à velha calça Lee
o fremir da pele
vestida de Brim Coringa,
produto da Alpargatas do Brasil...
Ainda no roteiro do túnel
revejo as meninas
de saias plissadas,
blusas de ballon
e meias americanas...
terça-feira, 7 de abril de 2015
ABRIL
Faz muito tempo
que a palavra abril
causa-me sensação
de bem-estar.
Nos dias infantis
eu associava abril
com a palavra delícia
porque abria a janela
da estação de algumas frutas
Era o tempo das bergamotas,
dos abacaxis, dos araçás...
Abril, palavra musical,
que rimava com anil,
com Brasil, com céu
com sul, com sol.
Abril era quase
um ente físico,
objeto táctil,
elemento dúctil,
enfim, nome mágico!
que a palavra abril
causa-me sensação
de bem-estar.
Nos dias infantis
eu associava abril
com a palavra delícia
porque abria a janela
da estação de algumas frutas
Era o tempo das bergamotas,
dos abacaxis, dos araçás...
Abril, palavra musical,
que rimava com anil,
com Brasil, com céu
com sul, com sol.
Abril era quase
um ente físico,
objeto táctil,
elemento dúctil,
enfim, nome mágico!
domingo, 5 de abril de 2015
SIM, PODERÍAMOS, SE QUISÉSSEMOS!
Sabemos todos
que as coisas deste mundo
obedecem determinado parâmetros
mais ou menos determinados à priori;
atrelados, por certo, à mecanismos básicos,
que o nosso entendimento ainda não alcança.
Dai que
o dia sucede a noite,
as estações seguem seu ciclo
e o entrelaçamento climático compensa
as varições de temperatura, de umidade, pressão...
Nós humanos,
bem que poderíamos
nos adequarmos às premissas
elaboradas para o nosso convívio
durante a curta vida aqui no planeta,
ou seja, viver em harmonia com os seres
vivos ou inanimados, que nos cercam,
que estão à nossa volta não por acaso...
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