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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ARAPUCA

No início das eras,
o homem primitivo percebeu
que usando somente  a força bruta
não seria capaz de atravessar a bom termo
a cordilheira do tempo.
Então, com um pingo de malícia,
inventou a arapuca.
Com aquele artefato rudimentar
foi logrando os bichos
por milênios sem conta.

Com o tempo a peça foi burilada,
remasterizada, guaribada...
e hoje a encontramos por toda a parte,
sobretudo, em épocas eleitoreiras

Dizem os entendidos que as arapucas são infalíveis,
quando colocadas  em pontos estratégicos,
capazes de criarem campos magnéticos,
sucçores de votos por excelência...

Talvez, um dia no futuro,
os votos adquiram anticorpos resistentes
e se transformem em presas difíceis.
Mas até lá...

terça-feira, 18 de setembro de 2018

CONTINUAM DIZENDO BOBAGENS

Na campanha de caça aos votos
dos candidatos a presidente
neste país,
TODOS
possuem soluções
para todos os problemas,
inclusive para a violência.
Segundo esses sapientíssimos,
a população sofre as consequências
dos graves desvios comportamentais
porque  até então faltou vontade política...
Chego a pensar com meus botões,
que esses caras são de outro planeta
ou imaginam que somos mais bobos que os bobos...

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A PRAXIS


A ferramenta de trabalho
do caçador de votos
se expressa no macro
haja vista o discurso
de uma raposa mineira,
Sua Excelência, JK:
"farei o país avançar
50 anos em cinco"
O cara até fez pirotecnia
para inglês ver:
Brasília foi construída
a toque de caixa.
Os tijolos usados nos prédios
foram conduzidos de avião.
São patentes registradas
do grupo corporativista.
Já me iludi com a fase
de captação de votos.
Era uma época de céu limpo,
das questões solucionadas
no discurso...
Mesmo que saibamos
que não há solução
a curto prazo para
as mazelas brazilis
por vezes damos ouvidos
a fanfarronices tipo:
"tenho a solução
para a segurança"!
"tenho a solução
para a saúde"!
"vou caçar os corruptos"
ou então,
"somos um partido novo
que governará diferente
porque somos povo",
Enfim, palavras vazias
jogadas ao vento. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MEU MEDO

Eu tinha medo
da noite escura,
dos temporais de agosto,
da mula sem cabeça
e do fim do mundo.

Eu tive medo
da carga alegórica
de algumas palavras
quando havia necessidade
de pronuncia-las.

Eu tenho medo da língua
distribuindo veneno
e da lábia lisonjeira
por trás dos interesses.
Eu tenho medo de mim
que ainda não sei me portar
de forma correta no mundo.