No início das eras,
o homem primitivo percebeu
que usando somente a força bruta
não seria capaz de atravessar a bom termo
a cordilheira do tempo.
Então, com um pingo de malícia,
inventou a arapuca.
Com aquele artefato rudimentar
foi logrando os bichos
por milênios sem conta.
Com o tempo a peça foi burilada,
remasterizada, guaribada...
e hoje a encontramos por toda a parte,
sobretudo, em épocas eleitoreiras
Dizem os entendidos que as arapucas são infalíveis,
quando colocadas em pontos estratégicos,
capazes de criarem campos magnéticos,
sucçores de votos por excelência...
Talvez, um dia no futuro,
os votos adquiram anticorpos resistentes
e se transformem em presas difíceis.
Mas até lá...