Cresci lendo Erico,
encantado com a fluência
da sua escrita e com o arranjo
das personagens dentro das histórias.
O próprio autor se dizia um contador de histórias,
histórias aparentemente simples à 1ª investida
entretanto à medida da reflexão centrada,
percebe-se que a singeleza é aparente.
Velho Erico, nascido em 1905
Contador de "Caminhos Cruzados",
o drama cotidiano das histórias urbanas;
criador do monumental "Tempo e o Vento",
painel cinematográfico do nosso Rio Grande.
Envelheço relendo o bom autor de Cruz Alta,
por vezes ainda cismado com o enredo
do livro "Olhai os Lírios do Campo",
outras vezes fico rindo sozinho
com "Incidente em Antares"
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
TEMPO DE BRIGA
Ultimamente briga-se por qualquer coisa.
Tudo é motivo para demandas inúteis.
Gasta-se energia com discussões tolas.
E quando o caldo entorna
e a contenda ultrapassa o bate-boca
as altercações verborrágicas
deságuam nas vias de fato.
Briga-se por causa do futebol
porque o torcedor não admite
a existência do time adversário.
Briga-se no fluxo do trânsito
porque o condutor não quer
dividir a pista com o outro
Briga-se na seção do trabalho
porque o destemido valente
acha-se o mais inteligente da turma.
Parece que a velha compostura,
educação, elegância e finesse
se perderam por falta de adeptos
e sob os auspícios dos novos hábitos
vamos nós se especializando na grossura.
Tudo é motivo para demandas inúteis.
Gasta-se energia com discussões tolas.
E quando o caldo entorna
e a contenda ultrapassa o bate-boca
as altercações verborrágicas
deságuam nas vias de fato.
Briga-se por causa do futebol
porque o torcedor não admite
a existência do time adversário.
Briga-se no fluxo do trânsito
porque o condutor não quer
dividir a pista com o outro
Briga-se na seção do trabalho
porque o destemido valente
acha-se o mais inteligente da turma.
Parece que a velha compostura,
educação, elegância e finesse
se perderam por falta de adeptos
e sob os auspícios dos novos hábitos
vamos nós se especializando na grossura.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
DIREITOS
Dez de dezembro,
dia internacional
dos direitos humanos;
objetos vilipendiados
mundo a fora...
Diariamente neste país
clama-se por direitos básicos
apesar de estarem assegurados
na carta constituinte,
entretanto, as reivindicações
das partes prejudicadas
perdem-se no vazio da indiferença.
Aqui, nos últimos tempos
até houve alguns avanços,
acompanhados de retrocessos,
mas o certo é que direitos
continuam escorrendo pelo ralo.
E o respeito pelo cidadão,
algo que se perdeu no passado.
dia internacional
dos direitos humanos;
objetos vilipendiados
mundo a fora...
Diariamente neste país
clama-se por direitos básicos
apesar de estarem assegurados
na carta constituinte,
entretanto, as reivindicações
das partes prejudicadas
perdem-se no vazio da indiferença.
Aqui, nos últimos tempos
até houve alguns avanços,
acompanhados de retrocessos,
mas o certo é que direitos
continuam escorrendo pelo ralo.
E o respeito pelo cidadão,
algo que se perdeu no passado.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
TÃO FÁCIL CRITICAR
Somos especializados na arte
de vasculhar comportamentos
e formados na (in)disciplina
de elencar defeitos alheios
mas esquecemos de olhar
nosso calcanhar de Aquiles.
Outro dia eu comentava
atitudes perversas praticadas
por incautos no próprio corpo,
tipo cirurgias transformadoras
com o fito de alterar a aparência
ou aquelas dietas recuperadores
da velha silhueta...
Então, de repente dei-me conta
das minhas angústias, no passado,
relativas às minhas parcas medidas,
um metro e sessenta e cinco de ossatura
e também com a minha falta de peso,
cinquenta e sete quilos naquela estágio,
porém mais tarde veio a gordura...
Depois, aquele velho filme:
patrulha no alimento;
corta isso, põe aquilo,
pouco carbohidrato,
muita verdura, mais frutas,
mas acabei ficando cliente
do velho "efeito sanfona"...
de vasculhar comportamentos
e formados na (in)disciplina
de elencar defeitos alheios
mas esquecemos de olhar
nosso calcanhar de Aquiles.
Outro dia eu comentava
atitudes perversas praticadas
por incautos no próprio corpo,
tipo cirurgias transformadoras
com o fito de alterar a aparência
ou aquelas dietas recuperadores
da velha silhueta...
Então, de repente dei-me conta
das minhas angústias, no passado,
relativas às minhas parcas medidas,
um metro e sessenta e cinco de ossatura
e também com a minha falta de peso,
cinquenta e sete quilos naquela estágio,
porém mais tarde veio a gordura...
Depois, aquele velho filme:
patrulha no alimento;
corta isso, põe aquilo,
pouco carbohidrato,
muita verdura, mais frutas,
mas acabei ficando cliente
do velho "efeito sanfona"...
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
RADINHO DE BOLSO
À medida que dezembro desliza
pela trilha imprevisível do tempo
fico a relembrar velhas emoções
vivenciadas nos natais de outrora,
o que significa que venho de longe,
que já não cozo à primeira fervura,
que dobrei o cabo da boa esperança...
Em meio às reminiscencias dormidas
lembro-me dos natais antigos,
época escrita pela simplicidade,
quando uma bola de futebol
ou um radinho de pilhas
fazia a gente feliz...
pela trilha imprevisível do tempo
fico a relembrar velhas emoções
vivenciadas nos natais de outrora,
o que significa que venho de longe,
que já não cozo à primeira fervura,
que dobrei o cabo da boa esperança...
Em meio às reminiscencias dormidas
lembro-me dos natais antigos,
época escrita pela simplicidade,
quando uma bola de futebol
ou um radinho de pilhas
fazia a gente feliz...
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
TANTA ESTRELA POR AI
Ainda ouço a voz do velho Raul
escapando rouca e rebelde do vinil:
sei que tem tanta estrela por ai...
Milhões de estrelas por ai.
Milhões de galáxias por ai
zilhões de seres, certamente,
espalhados pelos planetas,
inseridos nessas galáxias;
entretanto, queremos acreditar
que somos os únicos
perdidos na imensidão...
escapando rouca e rebelde do vinil:
sei que tem tanta estrela por ai...
Milhões de estrelas por ai.
Milhões de galáxias por ai
zilhões de seres, certamente,
espalhados pelos planetas,
inseridos nessas galáxias;
entretanto, queremos acreditar
que somos os únicos
perdidos na imensidão...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
VELHO DEZEMBRO
Então percebi que dezembro
entrou sem bater na porta.
Com suas passadas largas
está avisando os mortais,
que não pretende se demorar,
que está cansado
de dar suporte à farsa,
pois nem as crianças acreditam
na história do bom velhinho,
porque Natal, hoje em dia,
virou barganha no comércio.
Dezembro anda ressentido
com a ingratidão da galera,
que depois da comilança
e beberança do dia 25
cospe no prato, e no dia 31
quer vê-lo pelas costas,
pois não fala de outra coisa
que não seja a entrada
do NOVO ANO.
entrou sem bater na porta.
Com suas passadas largas
está avisando os mortais,
que não pretende se demorar,
que está cansado
de dar suporte à farsa,
pois nem as crianças acreditam
na história do bom velhinho,
porque Natal, hoje em dia,
virou barganha no comércio.
Dezembro anda ressentido
com a ingratidão da galera,
que depois da comilança
e beberança do dia 25
cospe no prato, e no dia 31
quer vê-lo pelas costas,
pois não fala de outra coisa
que não seja a entrada
do NOVO ANO.
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