As férias da minha infância
ocorriam em um velho sítio
distante, no meio do mato,
onde a natureza orquestrava
a sinfonia dos aromas e das cores...
Nos verões daquele tempo,
o mundo se transformava
nas águas brancas do riacho,
que passava atrás da habitação
em meio às árvores centenárias,
que protegiam nossos olhos
dos raios infravermelhos...
Nas manhãs, a gente andava
pelas trilhas abertas do campo
em torno dos açudes e dos morros
por onde os quero-queros
faziam seus alaridos...
Na volta do passeio, eu entrava em transe
dentro das brochuras, retiradas dos caixotes,
ali a minha espera desde o ano anterior...
Pelas páginas encantadas daqueles livros
eu era conduzido pelas mãos de Mario Quintana,
Erico, Alencar, Machado, Dumas, Vitor Hugo...
Eu, esquecido de mim, não ouvia o chamado
para o almoço que estava há tempo na mesa
nem para o doce de abóbora, feito pela avó...
O dia avançava, as horas desciam pela tarde,
mas naqueles dias mágicos, o tempo parava...
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
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Poema maravilhoso, lindissimo
ResponderEliminarDeixo cumprimentos.
Obrigado, meu amigo poeta Ricardo, pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa tarde/noite.
EliminarRecordar é sempre muito bom, belo texto!
ResponderEliminarBeijo e um dia feliz
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Pois é, diz-se que recordar é viver. Obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui de Porto Alegre, sul do Brasil. Tenhas uma linda tarde e uma boa noite.
EliminarAmigo Dilmar, que lindos versos contando as boas coisas de sua infância, nossa!
ResponderEliminarEu também tive uma infância bem parecida com a sua, ia em férias na casa dos meus avós, tios, tias, primos-irmãos de montão, pois irmão mesmo tenho só um, meu melhor amigo até hoje e ainda temos amizade de passarmos sempre juntos as festas de fim de ano!
Minhas férias eram também alegres, que passavam tão rápidos, mas não lia não, minhas leituras eram no resto do ano, entre as aulas! Fim de ano e começo, ah, esses eram para brincar, correr e pegar frutas no pé, pois o que não faltava era espaço, que saudade!
Mas a vida ainda bem que foi boa, tivemos isso para recordar, que lindo, amei ler aqui meu amigo poeta sensível e rico em seus belos poemas!
Abraços apertados!
Amiga Ivone, obrigado pelo carinho de sempre. Um abração. Tenhas, sei que terás, uma linda tarde/noite.
ResponderEliminarSoneto-acróstico
ResponderEliminarÀs férias
Ah, o mundo foi muito mais descontraído
A infância era repleta de férias animadas
Quando eu com outras crianças reunido
Umas férias naquelas matas encantadas
Em que havia reais árvores centenárias
Lá onde o velho mundo se transformava
Apenas um bucolismo de região agrária
Sendo que de tudo aquilo paz emanava.
Férias que transformavam em curto o dia
É onde o tesouro descobria cada criança
Relembrar agora é como ter uma epifania.
Imaginar coisas e fazer muita lambança
Assim se pensava assim melhor se fazia
Só que férias é coisa que sempre cansa.
Prezado amigo poeta Jair, realmente relembrar agora é como ter uma epifania!
EliminarUm abração. Tenhas uma boa noite.
Boa noite amigo Dilmar
ResponderEliminarMemoráveis lembranças de uma infância feliz. Instantes mágicos de uma criança que soube aproveitar a melhor fase da vida, hoje eternizadas no baú da memória.
E como tivemos uma infância bem parecida com a tua fiz uma viagem pelo túnel de minha memória. Obrigada por propiciar-me doces lembranças
Um carinhoso abraço
Obrigado pela visita e pelas palavras amabilíssimas de sempre. Um abração. Tenhas uma boa noite.
EliminarMaravilhosas são as reminiscencias que nos veem da infância - inigualáveis... Foste brilhante!
ResponderEliminarAmiga JR, obrigado pela visita. Um abração. Tenhas uma ótima sexta-feira.
EliminarBoa tarde Dilmar.
ResponderEliminarComo é gostoso lembrar das ferias na infância, essa sua linda historia me levou a lembrar também dos momentos únicos quando passava com a minha família em uma fazenda do meu pai, belos momentos, me deu uma saudade, saudade boa rsrs. Um feliz final de semana.
Abraços.
As férias da sua infância,
ResponderEliminaraqui bem escritas em poesia
recordando os tempos de criança
dos olhos uma lágrima de saudade caia.
As brincadeira lá do sítio
e outras travessuras feitas sem maldade
com chuva, calor ou frio
correndo e saltando em liberdade!
Tenha uma boa noite amigo Dilmar, um abraço.
Eduardo.
Lindas lembranças amigo Dilmar.
ResponderEliminarÉ tão bom recordar as férias de quando fomos crianças, algumas delas geralmente em sítios, fazendas, praias, onde o mundo parava de girar para nos ver brincar.
Um beijo carinhoso e até mais.