A minha Lista de blogues

segunda-feira, 15 de maio de 2017

MEDO

Bendito  tempo aquele
em que eu tinha medo
da mula sem cabeça
e de outras histórias
do nosso folclore
Bendito era o tempo
em que eu tinha medo
de filmes de vampiros
e dos livros de terror
do cult H P Lovecraft.
Bendita aquela época
em que eu andava a esmo
durante as madrugadas
pelas ruas deste país,
porque o perigo que havia
era topar com alma penada
procurando o caminho de casa.


15 comentários:

  1. Lindo, e quanta verdade!
    Adorei

    Beijinhos de boa noite

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amiga Cidália, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.

      Eliminar
  2. Acróstico

    Mais atra era escuridão
    E que alastrava o medo
    Depois vem Bicho Papão
    O bicho dum arremedo

    Agora, assim de ladrão
    Grande tornou-se o perigo
    O homem já não sai não
    Recluso em casa, te digo
    A casa passou a prisão.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro amigo poeta Jair, obrigado pelo acróstico. Um abraço. Tenhas uma boa noite.

      Eliminar
  3. Oi, Dilmar!
    Bem Dito!...
    Agora são malditos os medos!...

    Beijos dessa sua amiga de São Paulo que admira muito seus escritos! =)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Cara Nadine, obrigado pelo comentário. Um abraço. Tenhas uma boa noite.

      Eliminar
  4. Aqui em Portugal diz-se,
    quem te cu tem medo,
    eu tinha medo outrora
    da minha e até dum penedo
    doutras coisas tenho medo agora.

    Vivia na província,
    não havia electricidade
    em muitas aldeias ainda
    de outras coisas havia necessidade.

    Havia medo, mas não dos ladrões,
    até se deixam abertas as portas das casas
    e ninguém lá entrava para roubar os tostões
    hoje mesmo bem trancadas são assaltadas!

    Neste mundo tudo mudou,
    até o tempo foi embora
    e nunca mais voltou
    já não é como era outrora!

    Tenha uma boa noite caro amigo poeta Dilmar, um abraço,
    Eduardo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Perfeito, meu caro amigo poeta Eduardo, pois em algumas cidades do interior do Brasil também não havia necessidade de trancas nas portas das casas, antigamente, mas, hoje em dia não há mais tranquilidade e segurança em nenhum lugar deste país. Estamos vivendo sob o domínio do medo. Um abração. Tenhas uma boa noite.

      Eliminar
  5. Eu também tenho saudades dos meus medos; do boi da cara preta, de rodar na escola e repetir o ano inteiro, de bicho papão, de meus pais viajarem de avião e eu com minha avó esperando seu regresso, de faltar luz e eu sozinha em casa, das provas de matemática, de filmes de terror... como eram bons aqueles meus medos!
    Hoje, eu tenho um certo medo de viver...
    Abraços, amigo!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ou melhor dito: de não viver, alguma coisa atravessar meu caminho...São tantas as 'emoções', temos tanta proteção do Estado!

      Eliminar
    2. Cara amiga Tais, nossos medos eram até saudáveis em relação aos medos de agora. O estado, bem o estado nos enxerga como contribuintes...
      Um abração. Somos brasileiros e vamos tirando de letra, melhor, vamos arredando as pedras do caminho porque a morte é certa, então, enquanto durar esta existência façamos limonada dos limões que encontrarmos.

      Eliminar
  6. Um tempo lindo que nos deixou muitas saudades...
    Um abraço.
    ÉLYs

    ResponderEliminar
  7. Sem dúvida, porque hoje, a mula sem cabeça teria medo de topar com determinados indivíduos que andam perambulando por aí. Muita paz!

    ResponderEliminar
  8. Os tempo mudaram e agora as preocupações são outras, o perigo está cada vez mais perto de nós, infelizmente.
    Tenha um ótimo fim de semana!!

    ResponderEliminar
  9. Outros tempos onde o perigo era mais imaginário do que real.
    Bom fim de semana
    um abraço
    Maria

    ResponderEliminar