Naquele tempo
bebia a solidão quase absoluta
acoplada à quietude harmônica da natureza.
De permeio, aspirava algo que quebrasse
o veio tedioso da tranquilidade;
talvez uma pedra lançada na calmaria do lago
ou a réstia de vento a debulhar o campo de trigo.
Naquelas manhãs pretéritas
banhava o corpo nas gotas desprendidas,
da cauda do arco-íris,
navegava nos fluidos das essências antigas,
integrado à sabedoria da unidade,
mas quando ousei, num passe de mágica,
agir sobre a face de gaia;
nomeando, adicionando e dividindo,
me perdi nas trilhas bifurcadas do eu.
Certamente, dentre as coisas
que desesperam o homem,
talvez a mais exasperante, seja
absorver o cotidiano embebido de paz,
tanto, que cedo ou tarde,
lá vai ele, criatura inquieta,
à procura de guerra,
e na falta de inimigos,
briga consigo próprio.
domingo, 15 de abril de 2018
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Bom dia. Mais um poema doce, maravilhoso, brilhante.
ResponderEliminar.
* Saudade! Do quê? De quem? Não sei, confesso *
.
Uma semana feliz.
Boa tarde amigo!
ResponderEliminarExcelente poema! Amei. :)!
Beijo e um excelente semana
Pois está mais do que claro,
ResponderEliminarjá não é como foi outro tempo
penso que atirar pedras no logo
não conseguem estancar o vento!
Mas, poderão perturbar,
das rãs a tranquilidade
que lá vivem sem causar
à natureza instabilidade!
Tenha uma boa tarde caro amigo poeta Dilmar.
Um abraço.
OI DILMAR!
ResponderEliminarMUITO BONITO TEU POEMA, AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Bom dia. Publicação fantástica:))
ResponderEliminarHoje:- {Poetizando e Encantando} Se chegares, amar-me-ás eternamente.
Bjos
Votos de uma Óptima Terça-Feira.
Olá!
ResponderEliminarBrigar consigo mesmo pode ser, talvez, um bom sinal pois mostra uma pessoa inquiieta e inconformada com esquemas desmotivadores de viver com qualidade de vida.
Seja muito feliz e abençoado junto aos seus amados!
Abraços fraternais de paz e bem
Poema maravilhoso. Sedutor de ler.
ResponderEliminar.
Poema: "" Romantismo, a voz da fina cicatriz “”
.
Votos de um dia feliz..
Às vezes também me pego brigando comigo, gosto qdo acontece. Isto aqui não é uma pitada de poesia, é um porre homérico de talento e inspiração.
ResponderEliminarMuito bom seu poema!
Abraço e boa tarde!
Amigo Dilmar, mas que poema lindo, e assim somos nós, uma montanha de descontentes, parece que gostamos de encrenca, de guerra, de fome, de sede, de sofrimento. Basta olhar o que fazemos com os rios, com os campos, com o planeta, com gente. Nada está bom, sempre queremos o que não temos, o que não é nosso...
ResponderEliminarNaquele tempo, que fala o seu poema, tudo era bem diferente. A verdade, é que nesse planeta, nunca as coisas foram cem por cento. Melhores para uns, piores para outros. Quem sabe não chegou a nossa vez agora, das vacas magras?
"Certamente, dentre as coisas
que desesperam o homem,
talvez a mais exasperante, seja
absorver o cotidiano embebido de paz,
tanto, que cedo ou tarde,
lá vai ele, criatura inquieta,
à procura de guerra,
e na falta de inimigos,
briga consigo próprio."
Abraço, amigo, gostei muito.