o fim do parque,
onde começava a floresta,
praticando meu cooper,
via um homem parado,
olhando na minha direção.
O sujeito me impressionava,
porque naquela época,
eu era um jovem inquieto,
andando de um lugar a outro,
abduzido pelo movimento.
Quando eu passava por ali,
via o homem inerte, feito estátua.
De início aquilo não me incomodava,
mas depois de algum tempo,
veio-me um estado de angústia.
Curioso, um dia abordei o homem
e perguntei-lhe o que ele pensava
sobre o meu exercício
Daí, ele perguntou que atividade eu praticava
- então perguntei: não me vês passando por aqui,
sempre aos finais de tarde?
- Ora, nunca havia percebido, pois cuido do meu mister.
- Mas o que tu fazes aí parado, sem ver as coisas à tua volta?
- Bem, depois do trabalho, eu exercito, por algum tempo, a arte de ouvir o silêncio
Muito bom!! :)
ResponderEliminarBeijo e um excelente dia!:)
Fantástico o seu poema:))
ResponderEliminarHoje:- Não será solidão por estar sozinha.
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira
Se você perguntou,
ResponderEliminaro homem respondeu
se é que não hesitou
a resposta percebeu?
Tenha uma boa tarde caro amigo poeta Dilmar.
Um abraço.
Alguns poetas ouvem estrelas, esse homem, provavelmente, era mais que poeta. Belo poemeto, como sempre.
ResponderEliminarAmei ler, nossa, sabe que muitas vezes eu fico assim, "olhando sem ver", sair de nós mesmos e não ver mais nada, uma ótima forma de "ouvir o silêncio"!
ResponderEliminarAbraços querido poeta Dilmar!
Maravilhoso, não imaginava um final com tanta sabedoria. Como é bom ouvir o silêncio!
ResponderEliminarUm abraço e bom final de semana.
Nossa, essa é ótima, eu adoro o silêncio, preciso dele, acalma, me encontro. Tem gente que não suporta, precisa ouvir alguma coisa as 24 horas. Acho isso triste...
ResponderEliminarAbraço!