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terça-feira, 13 de março de 2018

AROMA

O cheiro da relva molhada, suspenso na tarde,
resgata os dias primaveris estendidos
no varal das estações;
ferrugem das talhas penduradas no cabide do tempo,
escopo de uma  ilusão insone acoplada
à engrenagem da memória.

Quando o aroma das coisas pretéritas,
soterrada no arquivo morto  da lembrança,
surpreende-me, de repente, assim do nada,
navego na cauda do  vento feito criança.


6 comentários:

  1. Bom dia. Adorei. Gosto do cheiro da rela e da terra molhada :))

    Bjos
    Votos de uma boa quarta-feira

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  2. Poemeto de um lirismo exacerbado. Muito bom, meus parabéns.

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  3. Bah, mas muito lindo mesmo...!! Parecido com perfume francês, nos pequenos frascos...
    Abraços!

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  4. Navegar feito criança também eu faço. Nesse navegar nunca há tempestades.
    Bom domingo!!!

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