quinta-feira, 11 de março de 2010
MEU PONTAL
Eu sorvia o meu chimarrão
à sombra da figueira à tarde...
Eu contemplava a lagoa,
lendo os poemas de Neruda
Pensava nas lacunas do texto
de "Vinte sonetos de amor"
e transmutava-me na poeira
das areias do Pontal
e nas pedras de "Isla Negra"
e em todos os pássaros,
em todas as flores
à volta da praia
porque era primavera
no meu coração.
São lembranças antigas
brotando das paredes
de um tempo irreversível
de imagens, cinza e tempo.
São os componentes difusos do sonho
invadindo as defesas orgânicas,
plagiando a estrutura do texto
de "Uma canção desesperada"
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