Este é o último casarão
que restou na cidade;
arquivo abalroado de memória,
ressonância de passos repetidos milhões de vezes
pelos velhos corredores.
As paredes internas, são murais pintados de sangue
vertido das histórias de vampiros,
contadas às crianças nas noites de agosto.
As fotografias expostas nos cantos
lembram cenas de um filme em preto e branco:
pequenas e grandes cenas cotidianas;
alegria, dor, nascimento e morte:
o eterno repetir da aventura humana.
No sótão, os arcanjos guardam o pergaminho
da historia das Mil e uma noites.
No quintal, a serpente vigia o fruto proibido
para que Adões e Evas não possam tocá-lo.
domingo, 21 de março de 2010
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O Casarão me levou a pensar nos poemas de Quintana em "A Vaca e o Hipogrifo", onde o poeta viaja da realidade ao irreal e vice versa num gostoso brincar com os versos.
ResponderEliminarUm abraço
Bernardo
Que coisa mais linda, meu amigo!!!
ResponderEliminarA serpente cuidando do fruto proibido...Podia bem ter sido assim.
Parabéns!
Um abraço
Assim mal rompeu o dia
ResponderEliminarAo casarão vim buscar
Uma pitada de poesia
Para a minh'alma lavar
Gostei muito. Beijo