A minha Lista de blogues

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

LEMBREI DE FERNANDO PESSOA

Depois de muito tempo
trancado dentro de casa,
procurando nos compêndios
a chave dos enigmas
que inquietam a humanidade,
lancei  os olhos à rua,
através da fresta da janela,
e avistei um jumento
comendo capim,
abstraído do mundo.

Naquele instante pensei:
nas plantas que crescem
e purificam a atmosfera,
e não fazem perguntas
Nos pássaros que executam
a sinfonia da natureza
e não sabem disso
Nos regatos serenos
rolando para os rios,
desembocando nos mares,
à margem dos sistemas
filosóficos do mundo

7 comentários:

  1. Como sempre. com boas publicações. Amei

    Beijo e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  2. Pois é, Dilmar, você teve sua epifania e a transformou mum belíssimo poema, valeu!

    ResponderEliminar
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  4. Raça em vias de extinção
    todavia, viu um jumento,
    comendo capim, sem ração
    são as leis do parlamento?

    Tenha uma boa noite e um bom fim de semana caro amigo poeta Dilmar. Um abraço.

    ResponderEliminar
  5. Pois é, Dilmar, tudo tão simples e a natureza inteira não faz perguntas, apenas os humanos nunca estão satisfeitos.
    Muito bom, amigo!
    Um bom Carnaval! Se gostar - rsss.

    ResponderEliminar
  6. Olá, Dilmar!
    Interessante que no meu passeio de hoje à beira mar, meditei sobre os rios que desembocam no mar ao passar por um afluente...
    Agora, encontro, em seus versos, algo pelo estilo...
    Seja muito feliz e abençoado junto aos seus!
    Abraços fraternos de paz e bem

    ResponderEliminar