Crescemos praticamente
juntos, mas não lembro
da tua vinda ao mundo,
por que naquela época
eu tinha três anos.
Foi amor à primeira vista,
tenho certeza, e a minha paixão
continua irremovível.
Acho que nada nesta vida
fará romper os elos
que me ligam a tua existência.
Diferentemente de mim,
que já sinto na epiderme
a gravidade do tempo
tu continuas jovem,
jovem e moderna,
dinâmica e atemporal...
Lembro com saudade
e emoção dos teus aniversários,
sobretudo das datas retas.
Ah, os teus 20, 30, 40, 50 anos...
Entretanto, todos os anos
estou sempre presente, quando
tu reapareces na praça
encantadora e juvenil;
jovem sexagenária,
Feira do Livro
de Porto Alegre.
Viver é um dom!
Há 2 semanas