Era uma vez uma terreno
que produzia pedregulhos
e tapumes antepostos
à luz da manhã,
que desabilitava o cidadão
a enxergar a linha do horizonte.
Era duro ver a aridez do terreno
povoado de homens subjugados
à ordem ditada pela baioneta;
sistema baseado na crença
de que determinado ponto de vista
deve prevalecer à revelia
de qualquer projeto aberto.
Era uma vez o retorno à racionalidade:
o estado entregue a homens sensatos;
entretanto, em um pequeno lapso temporal
aqueles homens perderam a vergonha
e partiram para a negociação das outorgas
adquiridas em nome do bem comum,
o qual se transformou em chancela
de espertalhões e maracutaieiros...
Parece que estamos num beco sem saída,
aliás, beco não tem saída mesmo...
Parece que deste terreno não saí nenhum coelho...
Ah, se o terreno produzisse caráter!
Viver é um dom!
Há 2 semanas