Nós, humanos, possuímos um cabedal
de desculpas previamente elaboradas
para todas as situações cotidianas
pois raramente assumimos a responsabilidade
de nossas falhas, de nossas idiossincrasias
A pessoas física, o elemento jurídico,
o indivíduo público, o ser político
navegam nas águas da dissimulação
e da desconversação quando cobrados
os acordos firmados em cartório
O prefeito diz que a cidade está às traças
por causa da falta de recursos
O governador fala que o estado não funciona
porque as verbas necessárias estão em Brasília
O presidente da República atribui o galope inflacionário
ao grupo oposicionista que trava o sistema
A mídia vende a ideia de que os escândalos, os roubos públicos
os petrolões prosperam porque não possuímos lei fortes
Diremos em latim por vergonha de dar nomes aos bois:
"Consuetudo altera natura"
quarta-feira, 18 de março de 2015
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Palavras sábias neste texto!!
ResponderEliminarGostei de ler
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Amiga Cidália, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
EliminarSoneto-acróstico
ResponderEliminarAo costume
Seja em Brasília ou no rés da avenida
Onde quer que se possa dar um jeito
Movemos pauzinhos na justa medida
Ouvimos tão somente o nosso pleito
Se um dia fizemos alguma promessa
Com que ficamos entalados um tanto
O que era nosso compromisso cessa
Rimos do justo prometido um quanto.
Razão de nossa descontração fingida
Uma consciência livre de algum peso
Pois ao dito não haverá contrapartida.
Todo costume se nos ajuda sai ileso
Ou não entendemos nadinha da vida
Somos povo irresponsável mas coeso.
Caro amigo poeta Jair, por falar em Brasília haja vista o depoimento do Sr. Cid Gomes.
EliminarObrigado pela réplica-acróstica oportuna. Um abração. Tenhas um bom dia.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAmigo, muito bom seu texto elucidativo, pois é mesmo assim, tem hora que nos sentimos envergonhados, vemos tantas coisas erradas, tantos descasos, dizem que não dá tempo de cumprir o prometido em um único mandato, precisam de dois, um é para lesar o patrimônio do Estado né mesmo?
ResponderEliminar"O costume é a segunda natureza", concordo contigo, não mudou, não muda e provavelmente não mudará isso tudo que está aí!
Abraços amigo sempre querido!
Querida amiga Ivone, um dia mudará, mas talvez daqui a milhares de anos, levando em consideração que estamos num planeta de regeneração. Creio que iremos e voltaremos algumas vezes e ainda encontraremos essa situação precária quanto à moralidade.
EliminarObrigado pelo comentário. Tenhas, sei que terás, um lindo dia.
Bom dia querido amigo, que excelente texto, perfeito. Infelizmente é a dura realidade, muitas vezes, mesmo amando minha pátria, sinto vergonha de ser brasileira. Lembro que meu saudoso avô já dizia: O Brasil é o país do futuro.Chego a imaginar a indignação e revolta do meu avô se ainda estivesse entre nós. Bjs Dilmar tenha um bom dia
ResponderEliminarCara amiga Josy, obrigado pelo comentário. Eu cresci ouvindo o que você ouvia: "Brasil país do futuro". O futuro chegou, mas o pior é que o vícios continuaram, aliás, aumentaram muito de amplitude.
EliminarUm abração. Tenhas um lindo dia.
Gostei e concordo com tua crônica: todos, quer queira que não, sempre dissimulam e atribuem a culpa ao próximo.
ResponderEliminarTenhas um ótimo fim de semana.
Meu amigo nem sabe como concordo com este seu poema.
ResponderEliminarNo meu país a classe política está sempre agindo no empurra
responsabilidades...Nunca são culpados de nada...
Gostei muito.
Desejo que o amigo se encontre bem.
Um abraço amigo.
Irene Alves
Um rolo compressor de desculpas esfarrapadas.
ResponderEliminarFico com a canção: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."
O que nos resta fazer, senão sentar num banquinho e chorar....de vergonha, de raiva...Aristóteles, eu acho, esta citação em latim, e estamos ou nos tornamos assim, o nosso hábito é a segunda natureza, ou seja (interpretação minha rs), nos acostumamos com a 'lei de gerson', apesar das manifestações, engolimos tudo, apertamos o cinto, somos um povo do bem, mas passivos demais com nossos políticos, que nós mesmos elegemos...como dizes no início do poema, meu caro poeta e amigo Dilmar:
ResponderEliminar"Nós, humanos, possuímos um cabedal
de desculpas previamente elaboradas
para todas as situações cotidianas"
Na verdade tenho pena de nós, nós que trabalhamos honestamente,ensinamos nossos pequenos o caminho do bem, da honestidade, daí umbelo dia, descobrimops que nosso país foi roubado, e o pior de tudo, roubado por pessoas escolhidas para proteger, administrar...meu poeta Dilmar, aqui também, se não se visita um dia, já tem uma super produção de poemas, bendito dom.
ps.Carinho respeito e abraço.
Boa noite Dilmar.
ResponderEliminarQuerido amigo, um texto excelente , Infelizmente em vez de um Brasil melhor, cada vez piora mais. Chego a imaginar como seria se existisse mais honestidade e amor deles pela propria pátria. Tenho familiares que tiveram a sua vida transformada por causa do roubo desses infelizes. Coitados já moravam em um interior chamado São Roque, eram empregados pela Petrobras e hoje estão despregados. Um feliz fds.
Um forte abraço.
Eu não tenho desculpas.
ResponderEliminarSei das minhas faltas e sou a minha principal punidora.
Beijinhos