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sábado, 30 de julho de 2011

MARIO QUINTANA

30 de julho,
aniversário natalício
do anjo-poeta
Mario Quintana
nascido há 105 anos.

Porto Alegre
anda diferente;
está mais cosmopolita,
mais árida,
menos poética.

A Rua da Praia
não é a mesma
desde que o poeta partiu
levando consigo
aquele sorriso meio tímido
e o olhar centrado no espaço,
lá onde vivem as musas.

Lembro-me do meu primeiro contato
com a poesia do Quintana;
eu era criança quando minha mestra
recitou na sala de aula
o texto de "Velha História".
Foi o início de uma paixão
que perdura até hoje.

Depois o encontrei no "Caderno de Sábado"
do velho e bom "Correio do Povo".
Eu abria o jornal, lia o texto do Mário
e ficava esperando o sábado seguinte.

Quando li "Quintanares"
poema que o poeta Manuel Bandeira fez
em homenagem ao nosso poeta,
fiquei pensando comigo,
bem, conheço Quintanares,
mas um dia eu hei de falar com o Quintana.

Tempos mais tarde
eu iria encontrá-lo
muitas vezes, na Rua da Praia,
mas nunca tive coragem de abordá-lo.
Sempre que eu o avistava
ficava parado, esperando
meu ídolo passar.

Tudo passa,
neste mundo transitório
ficando apenas a lembrança
dos sonhos armazenados na memória.
E das inúmeras lembranças que trago,
uma delas é a do Mário.
Hoje, meu poeta é saudade,
mas não abro mão dos Quintanares.

domingo, 24 de julho de 2011

DONA PALMIRA

Hoje, dedico essa singela homenagem a Palmira Gobb,
nascida em 1909 e falecida em 1979,
fundadora da Associação Rio-grandense de Proteção ao Animais - APLA -,
pioneira da capital gaucha
Palmira Gobb vivia em meio ao cães, gatos, pássaros e cavalos.

Diante das atrocidades diárias
cometidas contra os animais indefesos
lembro-me daquela mulher pequena,
cara de poucos amigos,
mas de um coração enorme,
brigando na rua,
em prol dos bichos maltratados.

Dona Palmira possuia a fibra
daqueles que labutam sempre,
apesar da falta de recursos, da falta de auxílio,
da falta de compreensão:
são espíritos iluminados
que não desistem nunca,
trabalham no limite das forças
por uma causa justa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AMIGO

Depois que o poeta sugeriu
que a gente guardasse os amigos
do lado esquerdo do peito,
pouco restou para se dizer,
exceto, que os amigos
são presentes de Deus.

Os amigos existem para todas as horas,
mas, quantas vezes , os deixamos um pouco de lado,
sobretudo, nos momentos bons das nossas vidas,
entretanto, à época das vacas magras,
os amigos simbolizam os oasis guardados por anjos
para aliviar nossa angústia no deserto da existência.

Tenho uma amiga que sempre fala
frases lindas e edificantes,
mas uma se destaca por sua excelência:
"A amizade é o amor que nunca morre"

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O FUTURO, O PRESENTE E O DIA DE ONTEM

Sei que vocês, meus contemporâneos sexagenários
e meus amigos septagenários, octagenários e todos terciários,
lembram dos chavões que ouvíamos antigamente:
"Deus é brasileiro"
"Deus escreve certo por linhas tortas"
"É necessário dominar a língua inglesa"
"O Brasil é o país do futuro"
Pois é, pois é, pois é ...

O tempo nos ensinou,
que Deus é universal
e escreve de forma retilínea

..................................

O futuro chegou ontem à tarde,
mas não estávamos preparados
para administrá-lo
Agora os americanos estão aprendendo português
e virão aqui gerir nosso presente.

domingo, 10 de julho de 2011

NECESSIDADES

Quais são as necessidades básicas do homem?
À priori, é uma questão aparentemente simples,
entretanto, à medida que meditamos sobre o tema,
nascem as polêmicas.

Num primeiro momento parece,
que o alimento atende
à necessidade primordial humana.
Certo, sem alimento ninguém sobrevive,
mas e as necessidades psíquicas?
Pois é.....................

O mundo industrioso
precisou vender seus peixes,
daí a necessidade da propaganda
e dois passos depois,
a lavagem cerebral
e os novos conceitos
indutores de consumo...

O mundo pós-moderno
produz uma parafernália
de coisas supérfluas,
que por consequência
geram necessidades subjetivas,
as quais quando não satisfeitas,
levam, muitas vezes,
à doença, à neurose, ao crime...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

BRINDES

Antigamente, a rede de Jornais Diários Associados,
propriedade de Assis Chateaubriand,
bonificavam o eleitor
com um selo promocional
anexo às capas das edições impressas.
De posse daquele selo
qualquer cidadão obtinha
algum desconto pecuniário
junto às casas comerciais conveniadas.

Mais tarde, as rádios populares
aderiram à idéia de contemplação,
brindando a audiência dos ouvintes.
As rádios mais elitizadas
renegaram a medida
com a justificativa de que
já premiavam seus audientes
com uma programação de nível superior.

Por fim as tvs pegaram a deixa
e eventualmente oferecem brindes,
através do telefone, aos eleitos
que disserem a programação da emissora
Os prêmios são de natureza diversa.
Alguns canais oferecem
Um sistema de encanamento
instalado na casa do sortedado
que pulveriza o ar de felicidade
ao abrir da torneira.
Muita gente já não dorme
na esperança de que o telefone
toque na madrugada...