30 de julho,
aniversário natalício
do anjo-poeta
Mario Quintana
nascido há 105 anos.
Porto Alegre
anda diferente;
está mais cosmopolita,
mais árida,
menos poética.
A Rua da Praia
não é a mesma
desde que o poeta partiu
levando consigo
aquele sorriso meio tímido
e o olhar centrado no espaço,
lá onde vivem as musas.
Lembro-me do meu primeiro contato
com a poesia do Quintana;
eu era criança quando minha mestra
recitou na sala de aula
o texto de "Velha História".
Foi o início de uma paixão
que perdura até hoje.
Depois o encontrei no "Caderno de Sábado"
do velho e bom "Correio do Povo".
Eu abria o jornal, lia o texto do Mário
e ficava esperando o sábado seguinte.
Quando li "Quintanares"
poema que o poeta Manuel Bandeira fez
em homenagem ao nosso poeta,
fiquei pensando comigo,
bem, conheço Quintanares,
mas um dia eu hei de falar com o Quintana.
Tempos mais tarde
eu iria encontrá-lo
muitas vezes, na Rua da Praia,
mas nunca tive coragem de abordá-lo.
Sempre que eu o avistava
ficava parado, esperando
meu ídolo passar.
Tudo passa,
neste mundo transitório
ficando apenas a lembrança
dos sonhos armazenados na memória.
E das inúmeras lembranças que trago,
uma delas é a do Mário.
Hoje, meu poeta é saudade,
mas não abro mão dos Quintanares.
Viver é um dom!
Há 2 semanas