Apesar da leis existentes
de proteção à pessoa
o cidadão anda tão desprotegido
como sempre foi;
sobretudo, quando se trata
de indivíduos inseridos nas camadas pobres.
Quando o assunto é saúde pública,
então, é um verdadeiro descalabro.
As mídias deste país anunciam, a mando dos governos,
propagandas fantasiosas de serviços
que os usuários necessitados desconhecem.
São pessoas morrendo nas filas de espera
por falta de atendimento.
São funcionários estressados e insensíveis
zombando da população desassistida.
Dentro desse quadro preocupante
algumas situações lembram
o mundo caótico de Kafka,
como por exemplo,
o episódio que ocorreu
pouco antes do carnaval
num posto de saúde,
na zona sul de Porto Alegre,
quando uma mulher grávida,
prestes a dar a luz,
foi mandada para a casa
pelos médicos do dito posto,
por que segundo os doutores
não estava na hora da criança nascer,
entretanto, a criança nasceu
trinta minutos depois,
na parada de ônibus próxima ao posto.
Mãe e filha foram assistidas
pelas pessoas que estavam naquele local.
A mãe deu o nome de Vitória à filha
numa justa homenagem aqueles desconhecidos
que as ampararam,
no momento em que o órgão responsável pela vida
foi omisso.
Viver é um dom!
Há 2 semanas