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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MEU MEDO

Eu tinha medo
da noite escura,
dos temporais de agosto,
da mula sem cabeça
e do fim do mundo.

Eu tive medo
da carga alegórica
de algumas palavras
quando havia necessidade
de pronuncia-las.

Eu tenho medo da língua
distribuindo veneno
e da lábia lisonjeira
por trás dos interesses.
Eu tenho medo de mim
que ainda não sei me portar
de forma correta no mundo.

8 comentários:

  1. Bom dia, Dilmar!
    De fato as línguas traiçoeiras nos causam pânico...
    Andamos na contramão do mundo os que primamos pelo bem de todos.
    Tenha uma nova semana feliz e abençoada!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  2. Todos tivemos e temos nossos medos esconsos ou explícitos, mas poucos conseguem verseja-los com competência e inspiração como você. Parabéns. Eu confesso, tenho medo de atravessar ruas.

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  3. Gostei muito deste poema:))

    Hoje... Quimera sem retorno.

    Bjos
    Votos de uma óptima Segunda-Feira

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  4. Olá, Dilmar, teus medos são os nossos medos, tempos que passaram, tempos atuais e tempos que virão! Resumindo, temos como a maior companhia ao longo da vida, esse medo que tão bem cantaste! Parabéns pela sensibilidade desse sentimento que toma cada vez mais espaço.
    Uma ótima semana!
    Abraço!

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  5. Oi Dilmar,
    Tudo bem com você?
    Ah!Nossos medos eram tão lúdicos,tão fantasiosos!
    Como bem fala, também tenho medo de mim!
    Abração! Feliz semana!

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  6. Eu tinha/Eu tive/Eu tenho... Medos conjugados...gostei bastante da forma como você se expressou, Dilmar. Parabéns. Falar dos medos que sentimos, em qualquer tempo, parece que faz com que eles fiquem menores.

    Bom início de semana! Boas inspirações, sempre/

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  7. Sou uma pessoa de medos e receios...

    Beijo e uma excelente semana!

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  8. Caros amigos leitores,

    convidamos-vos a ler o capítulo 8 da nossa história escrita a várias mãos "Janelas de Tempo"
    http://contospartilhados.blogspot.com/2018/09/janelas-de-tempo-capitulo-8.html

    Com votos de uma boa semana,
    saudações literárias!

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