Nenhuma lasca de sonho
vertida no olho da noite.
Nenhuma nesga de dor
turvando o azul da tarde.
Nem gula. Nem sede. Nem sangue.
Nem guerras. Nem tricas. Só o poema;
a pasmaceira dos versos dormentes.
O lado lúdico da vida.
Eu lia Mario Quintana.
O vento subia a saia
da moça distraída à rua.
O olhar traia o desejo
do corpo da mulher no outono.
O pensamento moldava
as formas da ninfa nua.
Eu lia Jorge Luis Borges.
Eu tirava o pó dos livros na estante.
A vida passava lá fora.
A brisa lambia os corpos na tarde.
Eu lia Fernando Pessoa.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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Olá!!!
ResponderEliminarLembrei de quando resolvi viver com poucos objetos,
Quando chegou a hora dos livros fui relendo e passando a frente. Para outras pessoas que ainda não tinham feito a leitura. Depois da estante vazia, entrou em meu mundo um ar feliz.
Não sei se era por ter feito uma boa ação ou por não ter que tirar mais poeira dos livros.
Beijos!!!
Obrigado Janice. Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
EliminarBom dia poeta amado !!!!
ResponderEliminarPoeta de encantamento !!!!
Sempre inspirado...e fazendo acontecer...
bjsssssss
Obrigado amiga Severa. Um abração. Tenhas uma linda semana.
EliminarBons pensamentos da Roménia e um belo dia!
ResponderEliminarObrigado Cristian. Um abração. Tenhas uma ótima semana.
EliminarQue belo e inspirador poema, amigo poeta!!
ResponderEliminarBeijos!!♥
Obrigado Mari. Um abraço. Tenhas uma linda semana.
EliminarOi Dilmar querido,
ResponderEliminarVim te convidar para vr a minha postagem de hoje...é um testemunho.
bjs,
Martha
Obrigado querida. Um abraço. Tenhas uma linda e maravilhosa semana.
EliminarOi Dilmar
ResponderEliminarMinha primeira vez por aqui e já estou te seguindo. Nossa que poema lindo! Cada vez que vc ia lendo ia surgindo um verso kkkkk. Também vc só lê "feras". Adorei!
Bjos. Fique com Deus!
http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br
Adorei o poema.
ResponderEliminarSem chance de esvaziar minha estante. Estou cada vez mais possessiva com meus livros. rsrs
A vida escrita nos sonhos vivídos leio!
ResponderEliminarGostei muito Dilmar.
Beijos,
Poesia, amor, paixão...tem nome,
ResponderEliminareu leio Dilmar Gomes!
Beijos na sua alma que chora, como eu, a dor de uma saudade,
Martha
Fernando Pessoa o meu favorito, mas muitos moldam a nossa escrita~.
ResponderEliminarbeijos
Da eterna questão: para "viver" a arte é necessário deixar de viver?
ResponderEliminarBelo poema!
Beijo
Olá Dilmar. Lindo poema e com grandes nomes. Abraços.
ResponderEliminarVenho desejar a si e sua Família
ResponderEliminarum FELIZ NATAL.
Bj.
Irene Alves
Lindo texto, linda construção.
ResponderEliminarTenha um abençoado fim de semana.Bjs
Amigo, comentei lá no 'face", pois é, quem vive lendo, cuidando dos livros só pode ser feliz!
ResponderEliminarÉ através de livros que aprendo a pensar, ainda, sim, jamais posso parar de ler e aprender!!!
Grande abraço!
Uma Poesia. Um poema. Uma vida cantada em versos. Assim são palavras modeladas para sempre!
ResponderEliminarGrande Abraço, nobre amigo!
Eu também adoro Fernando Pessoa.
ResponderEliminarDesejo uma ótima semana!
Aproveito desde já, pra te desejar um Natal cheio de muitas alegrias, e que o espírito do Natal te guie durante o ano novo que está para começar. Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
Beijos!
Refletindo com a Smareis
Quantas vezes nos perdemos nos livros, vivemos seus personagens e nos tornamos meros expectadores da nossa própria vida, não assumindo nela um papel atuante. Assim diz seu poema, tão apropriadamente:
ResponderEliminar" Eu tirava o pó dos livros na estante.
A vida passava lá fora.
A brisa lambia os corpos na tarde.
Eu lia Fernando Pessoa.
Belo retrato, amigo!
Sempre bom te ler!
Feliz 2013!!!
Bjs.