Eu adolescia
quando a bomba explodiu
em março de sessenta e quatro:
caiu o governo de Jango
e uma junta militar assume
a presidência da república.
Existem coisas que o tempo não apaga.
Passados cinquenta anos
ainda vejo tal qual fosse agora
a tristeza indescritível
estampada no rosto do meu pai.
segunda-feira, 31 de março de 2014
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[ a vida ensina
ResponderEliminara observar
só depois de absorver]
beij0o P0eta
Margoh, obrigado pela visita poética. Um abraço. Tenhas uma linda semana.
ResponderEliminar31 de março de 1964.
ResponderEliminarOlha os comunistas! Era pois o refrão
Ódio de chefes se estendiam à tropa
Trata-se de bandidos sem compaixão!
De uma ideologia estranha, da Europa!
Terríveis, eles até comem criançinha!
Fiquemos de olho nesses terroristas
Que bebem o vinho e estragam a vinha
Disfarçados de intelectuais e artistas.
Nós militares estamos sempre alerta
Para não deixar aos vis esquerdistas
Nem uma janela ou uma porta aberta
Se tomarem poder não há que resista
Será um regime sem liberdade na certa
Como desejam ideólogos comunistas.
Grande amigo Jair, obrigado pelo comentário poético. Pois é, é costume recorrente quando se trata de tempo passado, dizermos, ah, era uma fase de velhos tempos, belos dias, entretanto, em se tratando da ditadura, não tem como usarmos este clichê, pelo contrário, são velhos tempos, negros dias.
EliminarUm abração. Tenhas uma ótima semana.
Amigo Dilmar, ontem mesmo estava lendo no jornal sobre o golpe de 64, quantas coisas me vieram na mente, eu tinha quinze anos na época, mas estava bem ligada, meus pais comentavam, tempo de grandes apreensões, moro na Capital de São Paulo, você em Porto Alegre, depois disso meu amigo, tudo ficou nas mão do que sabemos muito bem, ainda tem gente que diz que no tempo da Ditadura Militar...
ResponderEliminarAssim vai, ouvimos de tudo, nem podemos comparar aquele tempo com o atual, nem podemos comparar!!!
Tens em sua mente, também tenho na minha, somos pessoas que viveu e vive intensamente não é mesmo meu amigo?
Poderíamos até trocar muitas ideias a respeito, quem sabe ainda?!
Abraços, foi bom a sua lembrança, assim instiga as pessoas a pesquisarem, a entenderem, embora seja difícil isso, hoje temos uma ideia melhor sobre tudo, naquele tempo é que era de "amargar"!
Amiga Ivone, obrigado pelo comentário.Realmente os anos de chumbo deixaram marcas indeléveis. Que Deus livre o povo brasileiro dos regimes ditadoriais!
EliminarUm abraço. Tenhas uma boa noite.
Um passado que não gostaríamos que tivesse sido como foi! Enfim, vamos sempre lembrar por aqueles que morreram por um país melhor.
ResponderEliminarSemana passada fui na exposição 50 do golpe de 64 no CCBB aqui do RJ, muito legal
Abraços, Dilmar
Amiga Patrícia, um passado para ser esquecido!
EliminarUm abração daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
A politica marca-nos, independentemente da vontade.
ResponderEliminarBeijo
Pérola, queiramos ou não a História nem sempre trás boas recordações.
EliminarUm abração.
Obrigado Fernando. Um abraço. Tenhas uma boa noite.
ResponderEliminarA nossa memória é fantástica e regista tudo aquilo que nos surpreendeu ou nos faz sofrer... Tenho registos de um tempo anterior a esse e não esqueço
ResponderEliminarUm abraço
Graça
Pois é Graça, a nossa memória antiga é incrível... Podemos esquecer coisas que aconteceram ontem, mas daquilo que ocorreu há muito tempo não nos esquecemos!
EliminarUm abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa tarde.
É inadmissível, sob qualquer hipótese, que um ser humano torture seu semelhante - 1964, nunca mais! É o ato mais abominável que conheço.
ResponderEliminarAbraços, amigo Dilmar.