Sisudo pela rua
eu, ontem, ia
remoendo dissabores...
Contabilizando fracassos,
com os olhos rentes
à poeira da via pública.
Na tarde sombria,
à medida que eu andava,
praguejava
pela ausência do sol...
Ao passar pela frente
de uma placa avisando:
sorria, você está sendo filmado,
irritei-me, chutei as pedras,
vociferei: gente besta!
Caminhando sem rumo,
quase enfartei
ao ser carimbado
pela caca dos pássaros
festeiros, sobre a ramada das árvores
que cobriam a calçada,
como se fosse primavera...
Eu xingava à revelia
as aves e o mundo
quando um um homem velho,
jeito de desocupado,
me olhava e emitia
um sorriso de paz.
Atordoado e sem jeito
perguntei ao velhinho,
qual era a graça;
então, ele lançou-me um olhar
de quem veio de um planeta de fora do tempo;
pediu-me calma, muita calma,
depois abriu uma pequena mochila
que trazia agregada às costas
e retirou de dentro um pacote de alpiste,
jogou o conteudo sobre o chão,
e minutos depois, os pássaros
desceram das árvores
e cobriram a calçada
numa enorme folia.
Diante daquele espetáculo,
acabei sorrindo
e falei com o ancião
de maneira tão leve,
uma conduta que eu havia esquecido
há muito tempo
Impressionado com aquilo,
quis saber o que estava acontecendo
e o velho sempre sorrindo, me disse:
vez por outra é necessário
despertar a criança adormecida
que vive no nosso interior,
pois ela quer brincar...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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Lindo! Gestos simples fazem o coração voltar mesmo a ser criança. Amei!
ResponderEliminarMeu amigo Dilmar tomei a liberdade de colocar um link de seu blog no meu. Espero que vc não se importe.
Gosto tanto deste seu cantinho que tive vontade de compartilhar com meus seguidores e amigos.
Ah... Espero uma visita sua! rsrs
Fica com Deus! Bjssssssssssssssss
Que lindo Dilmar!
ResponderEliminarBjs.
Dilmar, Dilmar, que coisa mais linda!
ResponderEliminarComo é bom quando a resposta nos chega, assim, na hora!
É Deus falando com a gente.
Identifique-me demais com seu lindo poema porque tenho me surpreendido, algumas vezes, com um humor que parece não ser o meu...
Coisa da idade, talvez...
Não sei bem.
Só sei que o seu poema, além de lindo, é ainda didático!
Enorme abraço, meu querido amigo, grande poeta!
Confesso que em muitos momentos não é nada fácil deixar a alegria vencer a tristeza, mas temos que tentar, não é?
ResponderEliminarAbraços e ótima tarde.
Legal, a alegria é um estado de espírito. Mas é preciso estar aberto para deixar ele se manifestar.
ResponderEliminarBoa poesia,
Olá amiga Katia. Obrigado pela pela e obrigado pelo comentário. Fico felix por teres copiado o link. Já estou te seguindo e me tornarei visitante do teu blog.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Oi Fátima. Obrigado pela visita. Volte sempre. Um grande abraço.
ResponderEliminarOi querida Zélia. Tua visita sempre me faz um grande bem. Torço de coração para que tu entres numa faixa mais zen, sei que nem sempre é possível, mas...
ResponderEliminarObrigado por tudo, amiga.
Um grande abraço.
Olá Sonhos. Obrigado pela visita. Obrigado pelos comentários. Estou te seguindo. Volte sempre.
ResponderEliminarUm abraço.
Olá amiga Elaine. Obrigado pela visita. Volte sempre. Um abraço.
ResponderEliminarOlá amiga Malu. Obrigado pela visita. Volte sempre. Um grande abraço.
ResponderEliminarOlá Amigo Portuga!
ResponderEliminarÉ sempre um prazer ler-te, e obrigada pela tua visita, não leves a mal não comentar muito, mas de facto ando um pouco preguiçosa para escrever, mas venho sempre ver as novidades.
Bjinhos e um bom e descansado fim de semana
AH Esqueci!
ResponderEliminarVAMOS SORRIR! ((*_*))
Dilmar,
ResponderEliminarQue coisa mais linda!
No meu caso, acho que os papéis são invertidos, a criança é que desperta o adulto pra levar a vida mais a sério.
Bj e linda semana
Caro Dilmar Gomes voce foi indicado pela Ana Amorim para ser entrevistado no meu blog chamado www.mundo-doscomentarios.blogspot.com e gostaria de saber se estaria interessado em participar? quais quer duvidas entre no meu blog no marcador teia de blogs.Grato Adiministrador.
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