segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
É
Meus medos aos vinte anos eram:
ficar velho,
perder os cabelos,
perder os dentes,
usar óculos,
também tinha medo
de andar na rua
e ser preso pelos milicos da revolução
e tinha medo de que a ditadura não acabasse,
e nunca pudesse votar para prefeito,
governador, presidente...
Quado fiz trinta anos,
tinha medo do meu medo.
Aos quarenta anos,
tinha medo de que a liberdade
fosse uma miragem.
Aos cinquenta anos,
tinha medo de que minha passagem por aqui
fosse inútil.
Agora, aos sessenta e poucos,
tenho medo de andar na rua,
porque nossas ruas se tornaram
locais de alto risco de vida
e tenho medo de votar para governador,
vereador, deputado, prefeito,
senador, presidente,
pois mesmo que meus candidatos
sejam pessoas determinadas,
coesas e honestas,
acabarão de mãos atadas
em meio ao sistema corrompido.
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Também é
ResponderEliminarMeus sessenta e tantos de medos
Me trazem a tona certeira reflexão
Porquanto desde longínquo cedo
Vivi na insegurança da “revolução”
Porém “aquilo” era apenas reflexo
Duma insegura/imatura sociedade
Que até apoiou a força sem nexo
Que perpetrou aquela barbaridade
Então eu pergunto aos meus botões
Porque honestidade jamais pudera
Neste Patropi de grandes vastidões
Pois aqui onde a corrupção impera
Estamos a mercê de políticos ladrões
E se dirigente honesto existiu, já era.
Amigo Jair, obrigado pela visita poética. Como dizem nossos irmãos lusitanos pois, pois..
EliminarAqui vamos nós com nossos medos!
Um abração. Tenhas uma boa tarde e uma boa semana.
Dilmar,
ResponderEliminarTenho alguns medos; alguns são os seus, mas tenho um medo louco de ser enterrada viva; de pensarem que fui e não fui! Isso são coisas que ouvimos quando crianças e... ficou!
Votar não me dá medo, simplesmente não voto, não compactuo. Mas dá medo em ver quem governará esse país.
Abraços, uma boa semana!
Amiga Taís, medo de ser enterrado vivo, já não tenho mais. Compreendo a tua posição de não votar, aliás, outros amigos meus também não votam; dizem que cansaram de participar de uma farsa.
EliminarUm abração. Tenhas uma ótima semana, apesar do calorão reinante.
Mas acho que meu pior medo é da parte doentia do ser humano, do que ele é capaz de bolar e de fazer. Esqueci que esse é o número 1 dos meus medos!
ResponderEliminarAbraços.
É somos uma máquina mortífera! Um abração.
EliminarAmigo Dilmar, lindo poetar, pelo menos para alertar os que da política vivem, pois o que fazem é nos roubar,mas...
ResponderEliminarQuando eu era jovem vivia bem o meu tempo da juventude, cada tempo ao seu tempo, estudante fui, não fiz parte de passeatas em protesto contra o regime político daquela época, por não ter tido como, pois estudava e trabalhava, portanto quem assim lutaram foram os da classe média abastada, jovens conscientes destemidos que fizeram a sua parte e me orgulhava disso!
Que triste ainda é ver que muitas coisas ainda estão por acontecer e nada mais posso fazer, inclusive você meu amigo consciente e inteligente!
Abraços!
Pois é minha amiga Ivone, meu medo é mais poético, pois sabemos que muita coisa que acontece conosco é questão de mérito, também há que se considerar a ação do livre arbítrio. Difícil é saber onde termina uma situação e onde começa a outra. Sabemos que milhões de espíritos descem à terra para avançar e ao mesmo tempo, alavancar a situação geral, mas chegados aqui, poucos seguem o script, além de outros milhões de espíritos mais perturbados ainda, que chegam aqui e continuam praticando crimes, safadezas, vilipêndios, estrupos, etc... O mundo espiritual tem informado, que os espíritos muitos perversos, se não se corrigirem agora, perderão a oportunidade de voltar a reencarnarem na terra , mas terão de se corrigirem em mundos mais atrasados.
EliminarUm abração. Tenhas uma boa semana.
Medos são medos,
ResponderEliminarVelhos dizem que são os trapos
Os anos não são penedos
Mas são bastante pesados.
Mais vale com eles carregar,
Do que os perder pelo caminho
Quanto mais a vida durar
É bom mesmo sendo velhinho!
Medo não adianta ter
Nem fugir à realidade
Não vale a pena correr.
Nem esconder a idade!
Desejo uma boa noite para você
amigo Dilmar Gomes,um abraço,
Eduardo.
Pois é amigo Eduardo, realmente não adianta ter medo, ou por outra, medo temos, mas precisamos ultrapassá-los. Claro não adianta esconder a idade, fundamentar aceitar a velhice com serenidade. Obrigado pela visita poética. Um abração daqui do sul do Brasil,neste verão quentíssimo.
EliminarEu aos meus 20 anos ainda não tinha medo de nada,mas agora tenho medo de tudo!
ResponderEliminarMedo de morrer,medo de assaltos,medo de votar errado como você descreveu mesmo que os candidatos sejam corretos existe a corrupção.
Belo texto Dilmar beijinhos.
Amiga Nelminha, são tantos medos, que nem dá mais tempo de sentir medo da morte. Acho que à medida que a gente vai envelhecendo, falo no meu caso, que já sou velho na idade, mas no espírito e na saúde estou ótimo, acostuma-se com a ideia da morte, sobretudo, porque perdi um filho há quatro anos, e, depois do ocorrido, parece que à medida que a GRANDE DOR rasga a carne, por outro lado nos prepara para a nossa morte.
EliminarAmiga, muito obrigado pela visita. Um abração. Tenhas uma linda semana.
o medo do medo... viver é assustador
ResponderEliminarmuito bom te ler, meu amigo
bj e bom resto de semana
Amiga Ira, obrigado pela visita. Um abração daqui do sul do Brasil. Tenhas um bom dia.
EliminarOs nossos medos acompanham-nos durante a vida.
ResponderEliminarGostei muito do texto Dilmar.
cvb
Amiga Cecília, obrigado pela visita. Um abração daqui do sul do Brasil. Tenhas um bom dia.
EliminarDilmar ,medo!!
ResponderEliminaracredito que todos tenhamos algum e mais alguns..
eu tenho medo de sentir fome , é verdade , medo de não poder ter o dinheiro para comida , me abala , desde pequena , sei lá ..
forte abraço
elisa
Pois é, Maysa, sabes que um parente meu na época de adolescente tinha um medo doentio de não acordar, tinha medo de morrer dormindo. Ele pedia para a mãe chamá-lo pela manhã, nas ocasiões em que demorava para acordar.
EliminarUm abração. Tenhas um bom dia.
Nunca se deve ter medo de viver seja em que idade for. A vida é linda.
ResponderEliminarDeixo votos de felicidades
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http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Ricardo, esta é a atitude recomendada, mas nem sempre é possível. Na verdade, nossa jornada terrena, via de regra, é constituída de altos e baixos. Mas tu tens razão, não deveríamos sentir medo nunca!
EliminarUm abração daqui do sul do Brasil. Tenhas um bom dia.
Dilmar .
ResponderEliminarDe cá suas mãos meu amigo eu tive mesmo que forçada perder
o tal medo das ruas.
Hoje meu maior medo é ficar sempre sozinha em casa
isso é entra e sai dia é sempre assim.
O caso triste essa de estar sozinha Dilmar .
Em tudo você teve razão meu amigo ta difícil
andar nas ruas principalmente em cidades como eu moro SP desce inteiro fica cada dia mais complicado.
E a Copa que esta chegando vai ser um terror aqui é uma das cidades
escolhidas para hospedagem de ouro Pais .
Eu acredito que o nome é cidade que vai sediar a Copa não entendo nada disso.
Eu só sei é a confusão que vai ser ai sim não saio de casa.
Abraços desculpa pelo longo da prosa.
Dilmar, mudam os tempos e com eles os nossos medos. Mas sempre os temos e na maturidade são ainda maiores porque conhecemos as consequências de tudo. O seu medo , hoje, é até compartilhado por muitos. Abraço.
ResponderEliminarOlá meu poeta Dilmar, outro dia pensando em escrever me veio a palavra medo, pois eu tenho de quase tudo e desde sempre, mas logo desisti por achar que não seria um bom tema, já que pode se tornar repetitivo à medida, que o medo sempre esteve presente comigo, não acho covardia mas uma maneira de se preservar neste mundo caótico em que vivemos.
ResponderEliminarO estranho neste meu comentário, para mim, é que à medida que lia teu poema fui passando junto, e acho que comungamos em medos comuns, comuns porque eu sinto, tu sentes, eles...rs
Vi que alguns comentários dizem que não se deve ter medo - acredito nisso também, mas acho que devemos usar o medo ou o não medo a nosso favor...divaguei meu poeta Dilmar, mas também, lendo tua inspiração...
ps. Carinho respeito e abraço.
Que poema mais verdadeiro e muito sensivel. Gostei imenso de mais uma vez passar por aqui. Quero desejar-te um lindo fim-de-semana e um fantástico mês de janeiro!! Muitos beijinhos,fica com deus e até breve!! http://musiquinhasdajoaninha.blogspot.pt
ResponderEliminarÉ verdade.O presente já é assustador imagine o futuro!!!.
ResponderEliminarAbraço do Sul, e um ótmo domingo.
Transparente, lúcido, vivo depoimento poético de vida!!!
ResponderEliminarUm enorme abraço, amigo