Tenho mais de sessenta anos
mas às vezes parece que
tenho mais, muito mais;
uns cento e cinquenta talvez,
porque cultivo hábitos
obsoletos, decadentes,
como por exemplo: conduzir
chapéus sobre a cabeça,
usar gravata sobre a camisa,
andar de sapatos nos pés,
ouvir as conversas dos idosos
ainda quando era menos velho,
ler os escritores fora de moda
tipo Machado, Proust, Dostoewski,
curtir a poesia de Jorge Luis Borges,
Mario Quintana e Fernando Pessoa,
ouvir a musica de Beethoven, Handel,
Havel e seus pares...
Porque sinto saudade de uma vida que não vivi
ou quem sabe de uma existência em outro corpo...
terça-feira, 12 de maio de 2015
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O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida.
ResponderEliminarBela poesia. AbraçO
Obrigado pela visita. Um abraço. Tenhas um lindo dia.
EliminarHá coisas que a vida apaga.
ResponderEliminarLindo e saudoso texto! Gostei.
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Amiga Cidália, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma linda tarde.
EliminarBáh, mas você está falando de você e de milhões de pessoas que curtem isso, as coisas ótimas da vida. As coisas que não perdem seu valor, jamais. E o bom não tem idade. Se tiver, também temos (somando) 300 anos, e com muito orgulho! Que bom que somos assim, também! Tudo isso que você falou, curtimos a mil.
ResponderEliminarAbraços, amigo Dilmar.
Amiga Tais, obrigado pela visita e obrigado pelo comentário. Pois é, nós que viemos de longe, como dizia o Sr. Leonel Brizola...
EliminarUm abração. Tenhas uma linda tarde.
Soneto-acróstico
ResponderEliminarAqueles tempos
Indiscutíveis tempos melhores no passado
Dias que formaram aquela vida pregressa
Acumulamos algum saber hoje compilado
Deixando prá trás o que não nos interessa.
Era um tempo romântico, desinteressado
Tendo em mente que maturidade começa
E viver cada dia sem algum plano traçado
Mas aprender como tendo urgente pressa.
Porquanto sinto saudade da vida que vivi
Onde as cores eram muito mais brilhantes
Vejo agora muitos tons de cinza por aqui.
Indiferentes todos com o que existiu antes
Deixo que me leve a vida como a construí
Agora que melhores dias estão distantes.
Amigo poeta Jair, obrigado pela réplica-acróstica. Um abraço. Tenhas uma boa tarde.
EliminarAmei ler aqui, nossa, então somos afins, eu amo tudo o que há de antigo, belo e me disse e me diz ainda muito, leio mitologias, livros do tempo de matusalém, não consigo me divertir com coisas que não me tocam a alma, gosto de estar sempre bem arrumada até em casa, pois é meu amigo, amar-se é um luxo e isso nos dá o prazer de ainda estarmos por aqui!
ResponderEliminarPortanto continue assim!
Abraços apertados!
Amiga Ivone, obrigado pela visita e obrigado pelo comentário. Um abraço. Tenhas, sei que terás, uma boa noite.
EliminarSaber viver o momento, dentro do tempo, é um sinal de inteligência e o careo Dilmar Gomes é super inteligente.
ResponderEliminarEstá tudo dito.
.
Deixo cumprimentos
http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Saber viver o momento, dentro do tempo, é um sinal de inteligência e o careo Dilmar Gomes é super inteligente.
ResponderEliminarEstá tudo dito.
.
Deixo cumprimentos
http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Amigo Ricardo,obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
ResponderEliminarAchei piada a este seu poema. Então eu terei para aí 200 anos, porque vendo
ResponderEliminaro que certas senhoras fazem...ficamos assim tão velhos amigos, por não
acompanhar as modernicdes?
Desejando que se encontre bem.
Abraço amigo.
Irene Alves
Cara amiga Irene, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma ótima sexta-feira.
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