Minha vida de pedestre
está embaçada.
As calçadas da cidade
já não me pertencem
há muito tempo.
Sinto saudades da época
em que as calçadas
eram conservadas com zelo
para o uso do caminhante.
Os valores antigos
foram jogados
para os bueiros das esquinas,
mas ninguém reclama;
estamos todos apáticos e resignados
diante da usurpação dos nossos direitos.
As calçadas foram tomadas
pelas bancas de revistas,
pela turma dos skates,
pela associação dos desocupados,
pela concentração dos estudantes em frente aos colégios,
pelo condomínio dos mendigos,
enfim, o pedestre foi empurrado para o meio da rua...
domingo, 19 de junho de 2011
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Dilmar querido, as calçadas tinham cadeiras com afetos reunidos em torno do mate e o tempo passava caramujando.
ResponderEliminarBj grande e linda semana
Olá amiga Ira, gostei muito do teu repente: "As calçadas tinham cadeiras com afetos..." Melhor, que tinham mesmo!
ResponderEliminarObrigado. Um abraço fraterno. Tenha uma linda semana!
as calçadas que nos levam pra qualquer lugar. E as calçadas poéticas, como em Copacabana, lindas!
ResponderEliminarbeijo
Oi Dilmar também lembrei das cadeiras na calçada, como Ira muito bem disse, teu poema é uma verdade muito triste, temos que fazer calçada em casa mesmo, conversar mais, sorrir mais, colorir nossa vida independente do que fizeram das ruas, mas que dá saudades dá, obrigada pela presença la no blog, eu adoro, uma boa semana para vc.
ResponderEliminarQue bom vir aqui e contemplar suas belas postagens...
ResponderEliminarTenha uma linda noite, e uma ótima semana...
Um abraço bem forte...bjus
Obrigado amiga Elisabete pela visita e por tuas palavras carinhosas.
ResponderEliminarUm abraço fraterno.
Dilmar querido,
ResponderEliminarTenho que te agradecer as palavras tão incentivadoras, mas vou te confessar que nunca acho bom o que escrevo, to sempre acreditando que posso fazer melhor, enquanto isso vou exercitando.
Bjão e bom feriadão
Olá Dilmar,
ResponderEliminarSabe do que tenho saudades? Do que há algum tempo atrás se podia fazer: deixar as portas das casas abertas,até à noite, sentar na varanda, tomar chimarrão e bater papo com alguma visita até algumas horas. Não tínhamos grades a nos enjaular como hoje existem. Os assaltantes e bandidos andam soltos, enquanto nós, moradores da cidade e que pagam seus impostos, vivem engaiolados como pássaros presos, sem poder voar.
Gostei muito de teu texto. Trazem-nos sempre um pouco daquela Porto Alegre antiga e saudosa.
Beijos e um ótimo feriado para ti.
Maria Paraguassu.
Estimado amigo, sempre presente em meu espaço. Me perdoe se não comento com a mesma frequência aqui, mas saiba que o acompanho e que adoro seus poemas. Peço até que poste-os com mais frequência no Livre Criar e nos Diálogos Poéticos. Faria isso por mim?
ResponderEliminarBj grande. Namastê.
Dilmar, também adorei o teu blog... impregnado de um humor ácido... rsrs
ResponderEliminarBeijos!