Moro numa cidade velha,
que às vezes parece nova
outras vezes parece outra.
Às vezes parece antiga,
menos antiga que as outras
que se tornaram velhas,
mas querem ser modernas,
entretanto minha cidade,
que há pouco era província
tem um jeito diferente
das outras que eu conheço.
Ela mora ao lado do rio,
que na verdade é um lago,
que recebe quatro braços;
que eu chamo de estuário,
e o seria, sim, se não houvesse
uma lagoa entre o lago e o mar,
entre o rio e o mar para quem
ainda não assimilou a ideia
e reitera que o nosso lago é rio.
Esse rio, esse lago, esse processo
de água doce, trouxe os açorianos
para perto do Gasometro, ali
onde engendraram Porto Alegre;
então ela desceu devagar as curvas
do rio, a orla do lago para o sul,
para o norte e depois desgarrou
para os lados de Viamão
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
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Quanta saudade que dá quando há mudanças nos lugares onde nascemos e crescemos, entendo bem isso, minha linda Sampa que não é mais a minha linda terra da garoa!
ResponderEliminarAmei ler aqui amigo Dilmar!
Mais abraços meu amigo do Sul!