Ela, inquieta, fumou vários cigarros.
Não estava com saco de passar o dia inteiro
trancada no apartamento, em frente da tv.
Então, desceu a Salgado Filho
na direção do Parque Farroupilha
Mas aquele domingo era diferente
de todos os que ela vivera.
Havia algo estranho no ar
como se alguém houvesse jogado
uma dose alta de hormônios na atmosfera
ou será que era ela que estava diferente,
já que os homens a comiam com os olhos à sua passagem?
Sentia uma brisa quente a lamber-lhe a pele,
a eriçar-lhe os pelos,
a tremelicar-lhe o corpo,
a malemolenciar-lhe as partes...
De repente, percebeu que não havia colocado
nenhuma peça de roupa sobre o corpo;
descera à rua do jeito que gostava
de andar dentro de casa: pelada!
Ficou vermelha, ficou mole, ficou branca...
Colocou as mãos sobre os olhos
e voltou correndo para casa.
À altura da esquina da André da Rocha,
acordou com o ruído do escapamento
de uma motocicleta turbinada,
que passava pelo viaduto da Borges de Medeiros...
Bocejou aliviada. Olho o relógio:
três horas da tarde.
Colocaria uma roupa velha sobre o corpo
e daria um giro pela Redenção.
domingo, 26 de agosto de 2012
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Ainda bem que foi um sonho.
ResponderEliminarCoitada!!!!! rsrsrsrs
Beijos!!
Um cenário muito conhecido meu. Cresci tendo a Redenção como pátio para andar de bicicleta.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Lindo texto, amigo, igual a todos os que você escreve; meus sinceros parabéns. Obrigado pela força transmitida pelo seu comentário em meu blog. Abraços do amigo Bicho do Mato.
ResponderEliminarOlá amigo Dilmar,
ResponderEliminarBelo texto, como sempre. A sensação de se descobrir nua na rua é horrível, que alívio ser um sonho...
Beijo grande.
Um lindo texto meu amigo. Já pensou se fosse verdade. Parabéns pela maravilhosa tessitura dos versos. Ficou primoroso. Uma linda semana de paz e amor. Um carinhoso abraço
ResponderEliminarGracita
Dilmar, nossa, muito bem escrito, ainda bem mesmo que fora um sonho, os sonhos são muitas vezes tão "reis" que quando acordamos nos sentimos meio que perdidos!
ResponderEliminarBoa semana meu amigo poeta querido!
Que sonho ...mas gostei do texto lindo
ResponderEliminarmesmo, que bom poder escrever coisas
tão bonitas, e pra vc é só elogios
Que sua semana seja bela como você
Abraços
Rita!!!!!
Sonhar dá uma sensação de liberdade. Essa então, nem se fala! Ainda bem que foi um sonho!
ResponderEliminarGostei muito do texto! Deixo aqui o desejo de uma semana ricamente abençoada!
Meu carinho!
Nua, ser natural
ResponderEliminarPara mostrar a beleza escondida
Lá na praia ser normal
Ou na cama despida!
Depois com o roupão
Para se proteger do frio
Amor e paixão
Sem mar nada no rio!
Ao vestir o roupão
Com a pressa,
O roupão caiu ao chão
Mostrando sua beleza!
Boa segunda-feira para você,
amigo Dilmar Gomes,
um abraço
Eduardo
Boa noite meu querido amigo !!!!!
ResponderEliminarlendo seu texto me leva a uma viagem imaginaria da qual senti igual um sonho...
Texto vivo mas sonhador...
bjsssssssss
Oi amigo Dilmar
ResponderEliminarlindo texto, uma noite boa para você meu lindo amigo. bjs
Bom te ler e reler,amigo fraterno Gilmar!
ResponderEliminarAbraços
Viva a Vida
Adorei!!!!!! Abraços.
ResponderEliminarAmei, Dilmar, um dia bem feliz prá ti, um feliz final de semana, será que vai chover? vc sempre sabe..ehehe.Obrigada pela companhia.
ResponderEliminarSuper diferente esse texto! Na nudez dela que já era tão normal, não pode sentir a diferença do estar vestida. Muito interessante, gostei.
ResponderEliminarQue lindo, amigo! Surpreendente ao revelar que tudo não passou de um sonho...que susto tomou a moça!(rs)
ResponderEliminarSempre uma boa surpresa te visitar. Bjs e um lindo final de semana.