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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ANIVERSARIO DO MEU FILHO QUE MORA NO CÉU

Rodrigo, hoje,
com a alma partida
pela saudade eterna,
comemoramos o teu aniversário.

Relembro outra vez
aquela tarde de sábado
de 18 de janeiro de 1986
quando eu aguardava nervoso
no corredor do Hospital Fêmina
e eis que o sistema de som anunciou
às 15 horas e 18 minutos:
familiares de Sheila Moreira,
Rodrigo nasceu.


Era a emoção de pai,
sentimento que nenhuma palavra
é capaz de descrevê-la.

Rodrigo, tu fostes a luz
que iluminou nossas vidas,
diamante raro,
que nos deu tanta alegria.

Nunca pudemos suspeitar
que a tua passagem neste plano
seria breve.

Relembro todo dia
das nossas conversas
sobre os temas mais elevados,
sobretudo, quando tu dizias;
pai, a vida não acaba aqui,
existe uma sucessão de vidas
porque o espírito é imortal
Até parece que o teu espírito
nos preparava
para a tua partida.

Filho, inspirado na tua conduta de vida
tenho me esforçado para melhorar como ser humano
até acho que já avancei alguns pontos;
tenho procurado ser mais tolerante,
menos esgoista, mais resignado,
menos orgulhoso, mais humilde...

Meu filho, sei que agora tu cumpres
tua missão no mundo espiritual
no entanto, muitas vezes parece
que sinto tua presença
junto da gente, aqui em casa.

11 comentários:

  1. Me emocionei demais. Tão dolorosa e, ao mesmo tempo, tão cheia de esperança tua mensagem. Acho que a vida tem seus caminhos e nem sempre conseguimos entender ou aceitar. Quer me parecer que vc, apesar da imensa dor da saudade, esforça-se muito para ter resignação e continuar a viver e crescer como ser humano. Admiro seu jeito de enfrentar tão tremenda provação.
    Não consigo imaginar a sua dor.
    Beijos e todo meu carinho.

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  2. Dilmar querido,
    A lua disse e repito, não consigo imaginar essa dor, por mais que a desenhe.
    Sou espírita e dentro do que acredito, eu sei que esse menino foi e será sempre a luz.
    Ele veio por mérito seu, então se sinta sempre honrado por ter recebido a dádiva dessa convivência, ainda que por um breve tempo, pq sei que apesar de mt dorido, esse foi o canal de um aprendizado terreno, onde percebo que, vc esta crescendo, msm vivendo a saudade.
    Um bj com todo o meu respeito.

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  3. BOA NOITE,MEU BOM POETA DILMAR:

    Palavras tuas em comentarios meus,sandalo foi,perdi muitos amigos e suas famílias,amigos que comigo o natal dos sofredores de diagnosticos mentais,assim como mães e bebes portadores do hiv,amigos de juventude,diante dos descalabros políticos.

    meu coração sangra

    ricardo

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  4. Olá querida amiga. Obrigado pela visita. Obrigado pelo seu comentário. A dor da saudade é grande, entretanto, agradeço a Deus pela oportunidade de ter tido um filho fora-de-série, um espírito de bondade, repleto de amor, que me ensinou muitas coisas, principalmente, a abandonar vícios, velhos hábitos arraigados e prejuciais, como o cigarro e a bebida, por exemplo.
    Um grande abraço.

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  5. Amiga Lua, faltou teu nome no meu primeiro comentário. Ele é para ti. Estou respondendo pela ordem dos comentários,
    Um abraço

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  6. Amiga Ira, obrigado pela visita e obrigado pelo comentário. Realmente, amiga, meu filho foi uma dávida. Fico feliz em saber que tu és espírita. Quando o Rodrigo estava encarnado, ele me falava que nós devíamos frequentar uma casa espírita para apredermos sobre a doutrina, mas a gente não foi, porém, um tempo depois da partida dele, eu entrei no curso basico de espiritismo da Casa Círculo da Luz, um centro espírita que existe há mais de cinquentas anos, aqui em Porto Alegre.
    Um grande abraço, amiga.

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  7. Olá querido amigo Ricardo, obrigado pela visita e obrigado pelo comentário. Quero levar uma palavra de condolência pelas perdas dos teus conterrâneos cariocas em virtude das últimas tragédias que ocorreram ai na tua cidade.
    Um grande abrço.

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  8. Olá amigo Ricardo, obrigado pela visita e obrigado pelo comentário. Estou deixando aqui minhas condolências aos teus conterrâneos cariocas, em virtude das tragédias ocorridas ai no teu estado.
    Um grande abraço, amigo.

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  9. Dilmar, deixo um beijo. Há momentos em que uma só palavra pode ser excessiva.

    L.B.

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  10. Olá querida Lídia. Obrigado pela visita à minha página.
    Um grande abraço.

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  11. Amigo,

    Lembro quando li a primeira vez teu perfil. Minha admiração pela tua história e impacto pela perda.

    Minha mãe faleceu em 1999. Quando eu era menina e aprendi a fazer contas no ginásio, lembro que pensei que minha mãe dificilmente estaria viva após meus 40 anos e aos 7 decidi morrer aos 40 anos.Explico, sou filha adotiva e minha mãe já tinha mais de 50 anos quando cheguei da maternidade e dos sonhos dela ao colo.
    Lembro que depois que ela partiu pensei: dor maior só perder um filho.

    Lembro ainda que quando muito jovem eu assisti um filme, creio que o nome é "Turista Acidental", o casal perdia o filho e eu me perguntava na minha então imaturidade: qual o sentido? Qual sentido de ter um filho se podemos perdê-lo? Hoje sei e tua homenagem ao teu filho reflete a VERDADE de uma forma linda. Aquele que passa por nós, fica, faz parte hoje do que somos e para SEMPRE.

    Grata por compartilhar de sentimento tão nobre e verdadeiro.

    Um forte abraço,

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