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sexta-feira, 27 de maio de 2011

O ESPANTO

Confesso que fiquei assustado
ao rever o amigo de infância
separado por um intervalo
de algumas décadas.

Eu que guardava na lembrança
a imagem daquele menino
escanhoando o rosto pela primeira vez,
aparecia-me agora, à minha frente,
aquele senhor de cara enrugada
e com os cabelos grisalhos.

Pior que o choque foi recíproco.
Meu velho amigo
também não conseguiu disfarçar
a angústia estampada no rosto
e um diante do outro, ficamos
calados durante algum tempo.
Quando conseguimos dizer alguma coisa,
falamos ao mesmo tempo:
precisamos evitar os espelhos!

Passado o primeiro impacto
daquele encontro fortuito
fui saindo da zona de turbulência
e à medida que retornava ao território da razão
refletia sobre as ilusões da existência
e na lógica da realidade transitória.

12 comentários:

  1. Olá Dilmar,
    Já aconteceu comigo tbem o mesmo que ocorreu com você. Um encontro com uma colega de escola de há muito tempo atrás. Simplesmente não a reconheci, embora ela tenha dado sinais de haver lembrado de mim.E o pior de tudo, é que sou má fisionomista.
    Querido amigo, várias pessoas estão queixando-se da dificuldade em acessar os blogues uns dos outros. Talvez haja ocorrido isso com vc ao tentar acessar a minha última postagem. Não se preocupe. Se quiser, deixe seu e-mail em meu e-mail que é maryfof@ig.com.br, que eu lhe remeto uma cópia da postagem, sem problema nenhum. Será, inclusive, um prazer enviá-lo a você.
    Um grande abraço querido,
    Maria Paraguassu.

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  2. Como disse a amiga ai de cima, tb já aconteceu comigo e a sensação é mesmo muito estranha!
    Bjs querido.

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  3. Amiga Paraguassu, obrigado pela visita, obrigado pelo comentário. Se, porventura, eu não conseguir acessar teus posts, então, seguirei a tua sugestão.
    Um grande abraço. Um bom fim de semana.

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  4. Ola´querida amiga Fatima, obrigado pela visita, obrigado pelo comentário.
    Um grande abraço e um bom fim de semana.

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  5. faz pouco tempo que encontrei na Rua da Prais um ex colega/amigo depois de treze anos. aconteceu exatamente como disseste, mas a sensação foi boa. ficamos nos olhando atentamente, olhar, rosto, marcas...
    pareciamos desejar encontrar o antigo eu no outro, e ao mesmo tempo resgatar tantos anos de afastamento. perguntas básicas e curtas, mas os olhares jamais esquecerei.
    talvez eu não o veja mais, aí está a magia...
    um breve encontro, mas impactante.
    beijos :)

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  6. Amiga Jeanne, a Rua da Praia quantos belos encontros e reencontros tem proporcionado a tanta gente! Esse encontro, que serviu de inspiração para o poema, foi diferente de todos os outros, pois eu e meu amigo não nos víamos há uns quarenta anos; hemos de convir que é muito tempo, e, quando nos demos conta, um no rosto do outro, de que o tempo havia causado marcas irrecuperáveis, foi aquele choque para ambos. Depois daquele dia já nos vimos umas duas vezes e foi bem tranquilo. Fora isso, geralmente, é muito gostoso encontrar amigos, os quais não vemos há muitos anos.
    Obrigado pela visita. Um grande abraço e um bom fim de semana

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  7. Dilmar querido, que perfeito!
    É engraçado como não nos damos conta do nosso envelhecimento, apenas vivendo uma situação dessas é que caímos na real.

    Passei msm sufoco essa semana, o blog entrou num caos total. Pensei que fosse perder meu espaço, mas parece que a coisa voltou a seu ritmo normal.
    Bjs e bom domingo

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  8. Querida amiga, que bom que o teu blog voltou à normalidade. O meu ainda não está perfeito, pois só consigo entrar nele através do navegador Google Chrome, pelo Explorer e pelo Firefox, não tem jeito.
    Um grande abraço e um bom domingo.

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  9. Oi Dilmar,

    Primeiro quero agradecer-lhe pela visita e comentários sempre pertinentes, incentivadores e muito carinhosos.
    Venho visitar sua casa sempre que posso, meu acesso a pcs anda um pouco restrito, mas também me sinto muito bem por aqui.
    Sobre a postagem de hoje, as lembranças e os rostos de nossa infância possuem tons que mesmo com a descoberta de algumas rugas não apagam o brilho daquelas vivências.

    Beijos e boa tarde.

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  10. Amiga Elaine, agradeço a tua visita e o teu comentário.
    Um grande abraço.

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  11. Dilmar, lindo este seu dizer!

    De facto, os espelhos não conseguem pôr em evidência aquilo que, no fundo, todos sabemos inevitável.

    Um beijo

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  12. Querida amiga Lídia, agradeço a visita e o comentário.
    Um grande abraço.

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