Ontem à noite, durante a contagem dos votos,
eu apaguei em frente a tv.
Mais tarde, enquanto dormia
uma parcela da minha consciência
revoltou-se contra o resto do corpo:
cobrava minha desatenção
diante da importância do momento.
Nesta situação desconfortável,
perante o conflito interno,
era como se eu tivesse duas cabeças
puxando para lados opostos.
Acho que tive um sono horrível
pois acordei de cara amassada,
com olheiras profundas,
garganta seca e coluna ardida.
Cheguei a pensar que houvesse
acontecido uma catástrofe
na ordem geral das coisas,
mas quando eu abri a porta da rua
e recebi os primeiros raios de sol no rosto
recuperei um pouco de tranquilidade,
pois me dei conta de que indendentemente
de qualquer resultado no tabuleiro de xadrez, do jogo jogado,
o mundo continua girando como tem feito desde o dia da criação.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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Como bien dices al final de tus letras, admirado amigo, el mundo sigue girando a pesar de todo.
ResponderEliminarMe ha encantado leerte , lo hago despacio y varias veces , para comprenderlo bien.
Recibe un gran abrazo
Que bom que pode sentir isso, as vezes acordo tb amassada, ou passo o dia assim, mas sempre há o segredo do dia seguinte.
ResponderEliminarBeijos meu
Dilmar, escreve com a intenção de nos deixar sem palavras? Pois ao Lê-lo, sentimo-nos assim!
ResponderEliminarBelo blog e grande abraço.
Fátima, obrigado pela visita.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Priscilla, obrigado pela visita. Estou seguindo o seu blog.
ResponderEliminarUm grande abraço
Dilmar, também estou te seguindo, com tantas coisas boas por aqui, não poderia ser diferente!
ResponderEliminarGrande abraço.
Fico agora na espectativa de suas novas postagens, ler-te é lindo!
ResponderEliminarAbração.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro amigo,
ResponderEliminarCreio que muitos se identificarão com teu texto.
Estas eleições foram doloridas, pela primeira vez fiquei na dúvida até o último momento.
Você converteu a dura realidade e sua desesperança em escrita e ao final trouxe um raio de luz e vida. Afinal o que temos? O que de real podemos acreditar? É no nosso pulsar na vida.
Para terminar, Clarice Lispector: "...uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar dem se deve amar. Apesar dem se deve morrer. Inclusive muitas vezes né o próprio apesar de, que nos empurra para frente".
Desejo uma semana de inspirações para você!