Eu curtia, naquele época, os pôr de sóis.
Acordava cedo e os dias se arrastavam
orquestrados pelos ponteiros preguiçosos
dos relógios que viviam parados no tempo.
De repente, a engrenagem do sistema
começou a acelerar a barca das horas
e foi adulterando o panorama dos dias
pelo tricotar intenso do realismo cotidiano.
Agora, os minutos correm na direção do devir
e nada detém a marcha tirânica dos ponteiros
e o meu quinhão de tempo que parecia infinito
se escoa depressa sob o galope dos poentes.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
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Olá, Dilmar!
ResponderEliminarVerdadeiro, seu poema.
E o tempo parece acelerar cada dia mais!
Abraços e bom fim de semana!
Link Direto
Vitor, obrigado pela visita. Um abraço. Tenhas uma ótima semana.
EliminarBom dia
ResponderEliminarO tempo agora voa e as vidas são mais stressadas..Gostei do poema!
Beijos, bom sábado
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Amiga Cidália, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma linda semana
EliminarTempo
ResponderEliminarPois é, o tempo carrega o calendário
Incólume vai riscando meses e dias
Enquanto o poeta sofre o seu fadário
Nas escuras esquinas de ruas e vias.
Até mesmo o bravo cuco vem avisar
Que tarde se foi e agora está escuro
Nada de novo no front tudo é milenar
Somente a aurora é um porto seguro.
O relógio soluça e o tempo temporiza
Porém exatamente como fora outrora
Passa o tempo passamos nós tal brisa.
Mas, o tempo nos permite nossa hora
Então quando for necessário nos avisa
E percebemos que devemos ir embora.
Amigo poeta Jair, obrigado pela visita, através deste belo soneto sobre este tema tão apaixonante, que é o tempo.
EliminarUm abração. Tenhas uma ótima semana.
Ah o tempo! Relógio inquieto...
ResponderEliminarBeijos.
Ingrid, obrigado pela visita. Um abraço. Tenhas uma linda semana.
EliminarAh, meu amigo Dilmar, que saudade do tempo em que se podia esquecer as horas, o relógio parecia parar, hoje com tantos afazeres e compromissos se vive em estado de alerta o tempo todo, mas ainda luto muito contra isso, dou-me o meu tempo, para tanto nem gosto de celular, o uso só em caso de necessidade, meus filhos às vezes até implicam comigo por isso, reluto em me deixar levar pelo tempo "criado" pela modernidade!
ResponderEliminarAbraços bem apertados!
Cara amiga Ivone, obrigado pelo comentário. Um abração. Tenhas, sei que terás, uma linda semana.
EliminarOlá, Dilmar.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Terá sido a engrenagem que acelerou, ou nós que temos uma outra percepção da vida e de seu tempo? Gostaríamos de ter mais tempo, de pedir tempo ao tempo...
Lindo demais, esse seu "Relógios".
* Deixo-lhe um link duma música recente, de Miguel Gameiro (um autor de eleição) cantada por uma fadista que fala um pouquinho dessa engrenagem tão implcável connosco.
https://www.youtube.com/watch?v=9kmwY1Z3YNY
abç amg
Amiga Carmem, obrigado pela visita de além-mar. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma linda semana.
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