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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A VELHO MARTINS

 Tenho a impressão de que a primeira vez que entrei na Martins o Livreiro
era mês de setembro. Ainda lembro que chovia e era uma tarde meio
nublada, pouca fria, mas, que se transformou em pura magia, à medida
que eu viajava pelo universo encantado de livros que eu sabia apenas
o nome, mas nunca os vira antes na minha frente. Eu já era frequentador
da Livraria do Globo, visitante da Feira do Livro, mas nesses locais, naquele
tempo, não era comum  a disposição de livros usados e velhos.



Hoje estou com a sensação
de mergulho às tardes juvenis;
das antigas horas passadas
no  sebo da Rua Riachuelo,
" a Martins o Livreiro",
ao lado da Biblioteca Pública,
acho que a pioneira
no comercio de livros usados
e raros em Porto Alegre.
Lembranças de prazeres
gravados na alma...
o tatear de velhas páginas
e o cheiro emanado das folhas
dos alfarrábios...
algo que palavras não traduzem.








16 comentários:

  1. Sei do cheiro, do conteúdo
    Eu, pois, lá estive também
    Bons livros, um mundo, tudo!
    O que é bom, sebo contém.

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    1. Caro amigo poeta Jair, como você esteve lá entende bem meu sentimento. Obrigado pela visita. Um abraço. Tenhas um bom dia.

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    2. Dilmar,
      Durante o tempo que eu trabalhava numa companhia aérea, quando em POA, ficava hospedado no Grande Hotel, ali bem pertinho da biblioteca pública. Meus passatempos prediletos eram: fazer busca nos sebos do centro, a Velho Martins incluída; comparecer à feira do livro quando esta acontecia ali na Praça da Alfândega; e curtir o Parque da Redenção aos domingos. Gosto muito de POA e, sempre que possível, vou aí comer um churrasco e visitar um amigo em Canoas.

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  2. Bom dia amigo Dilmar
    Maravilhoso, o seu texto e poema. Amei

    Beijinhos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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    1. Cara amiga Cidália, obrigado pelo carinho. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas um bom dia.

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  3. Amigos, perdão pela gafe, pela resvalada no texto, pois se chovia, certamente haveria de ter nuvens "chovia e era uma tarde nublada...

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  4. oi Dilmar, entendo bem a sensação pois moro perto do gasômetro e com frequência perambulo pelas livrarias e sebos do centro e me esqueço da vida garimpando relíquias estacionadas nas estantes. *abraços*

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  5. Amiga Rosa, realmente você entende, pois só quem garimpa relíquias pelos sebos compreende tal mister, porque palavas não traduzem nosso sentimento. Morei alguns anos no centro, próximo à Biblioteca pública, mas foi depois daquela tarde chuvosa, já nessa época havia outro sebo de esquina com a Duque, no canto da Praça da Matriz - A Livraria da Dores - e também havia outra, a Aurora, situada na Riachuelo, entre a Duque e a Riachuelo. A partir do fim da década de 70 foram surgindo outras, mas o meu coração ficou com a Martins do Seu Manoel, antigo proprietário, o qual acho que partiu desta existência.
    Obrigado pelo seu depoimento aqui neste modesto espaço. Tenhas um belo 20 de setembro.

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    1. Corrigindo: a Livraria Aurora ficava na Marechal Floriano, entre a Riachuelo e a Duque.

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  6. Bom recordar um passado que nos traz boas e bela lembranças.
    Um abraço.
    Élys.

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    1. Caro Élys, obrigado pela visita. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.

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  7. Boa tarde, Dilmar, que belas lembranças !
    Falar em livros é maravilhoso, mas poder garimpar um lugar para encontrá-los é formidável. Gosto até do cheiro que sinto nestes locais. Bela postagem. Abraço!

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  8. há tanto do mundo no mundo
    que me sobra no olhar
    sempre um brotamento
    de instante...


    beijo

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  9. Amigo Dilmar, não há coisa melhor do que passar a tarde numa livraria ou nos Sebos onde descobrimos tesouros! E os balaios da Feira do Livro?? É, Porto Alegre é demais... Conheci bem o Martins Livreiro, a Aurora, os Sebos da Riachuelo e lá da Rua da Praia - que é do mesmo dono da Riachuelo. Achei Sebos na Serra. Um deles ficava dentro de um bonde, muito pitoresco.
    Abraços, amigo! Tema apaixonante.

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    1. Correção: não era bonde o sebo da Serra, era em dois vagões de TREM - em Canela.

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  10. Gosto de adquirir livros no sebo, até seu cheio é diferente um do outro. Parece que suga fragrância do leitor anterior.. .
    Beijos!

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