Naquela época
em que eu era
dependente do tabaco
sentia a engrenagem do tempo
mover-se de forma
seccionada.
Os dias e as noites
eram cortados em fatias
específicas, segmentadas;
esses períodos estanques
eram delimitados
pelos cigarros consumidos.
O gosto acre do fumo
trazia-me preso
ao sistema preconcebido
por mim mesmo, dependente
de uma idéia introjetada
a qual me fizera
escravo de um paradigma.
Agora o tempo
voltou a ser um bloco compactado
sem limites, divisões ou sobressaltos,
com pouca coisa definida ou automatizada
e as operações necessárias
à manutenção anímica
são administradas aleatoriamente
em consonância com o estado de espírito.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
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o estado de espírito voo pra lugares mais além da bioquímica carnal. O corpo n sentiu mais a nicotina e a despresou naturalmente. como as águas salgadas que impuram as garrafas pets do mar.
ResponderEliminarOlá amigo Antonio Henrique. Obrigado pela visita e pelo comentário.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Dilmar, meu querido amigo, grande poeta
ResponderEliminarFico impressionada com seu dom de , não só criar lindos poemas, como de encontar, para eles, os mais variados e interessantes temas!
Neenhuma poesia sua é vã...
Tudo tem um porquê!
Isso é formidável, dá consistência ao seu trabalho.
Grande abraço!
Olá Dilmar
ResponderEliminarUm dia ainda quero sentir essa sensação compactada.
Um belo poema reflexivo.
Beijo meu
Ola amiga Zélia, obrigado pela visita constante ao meu blog e e pelas palavras de estímulo.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Olá amiga Fátima. Agradeço sua visita ao meu blog e agradeço também pelo elogio.
ResponderEliminarUm grande abraço.